domingo, 29 de junho de 2014


Há sonhos que se adiam para não se realizarem adiantados.

Este fim-de-semana frequentei este workshop, ministrado pela dança terapeuta Jeanette MacDonald, pioneira deste método na Europa. Agradeço, desde já, à Psinove ter-nos proporcionado a oportunidade de aceder à experiência, ao conhecimento e à generosidade desta profissional, bem como às vivências que pudemos experimentar na primeira pessoa durante estes dois dias. 

Que a dança é terapêutica e pode constituir uma ferramenta no caminho da cura já todos vocês sabem que é uma das premissas CurAção, porque já o mencionei e testemunhei várias vezes. Que o movimento constitui um mediador importante em contextos educativos, clínicos, comunitários, etc. e um facilitador de processos de aprendizagem, desenvolvimento pessoal e cura num sentido mais abrangente, também já constituía uma verdade para mim, não só porque já consta na literatura, porque o estudei ou o comprovei no terreno mas porque o vivencio todos os dias, comigo e com os grupos com que trabalho. 

Mas preciso de sistematizar e arrumar muitas das coisas que fui recolhendo e aprender muitas mais para poder um dia utilizar a dança como ferramenta psicoterapêutica, nomeadamente realizar o mestrado em Dança Movimento Terapia.

Também é verdade que uma das minhas bandeiras é a da Psicossomática, porque todos somos psicossomáticos. Qual não foi a minha surpresa quando a Jeanette começa a formação com a seguinte premissa:

We are not only psychosomatic but also somatopsychic. 
It's a circular process.*

Soma e psique acontecem em simultâneo, não há como dissociar as duas dimensões. 

BODY DOESN'T FORGET.*

Com a dança terapia pretende-se aumentar o repertório de movimento (que constitui um reflexo de um "movimento" interior), potenciando assim a mudança para novos padrões (motion + emotion), envolvendo todos os sentidos no processo. 

There's dance in everyBODY.*

Dancing is only walking with attitude.*

Foi um fim-de-semana intenso, essencialmente vivencial, onde foram tocados processos individuais, relacionais e de grupo, para que pudéssemos sentir a essência desta abordagem. 

A Jeanette tem 40 anos de experiência, humildade, amor e um respeito enorme pelo próximo. Uma inspiração. 

E agora com o bichinho completamente acordado, espero que o mestrado chegue a Portugal ou vou até Barcelona fazê-lo, mas... 6000 eur é muita ginástica para os meus baby steps (só renasci há um ano!). Andando com atitude e o resto... virá!

Há sonhos que se precipitam para não chegarem atrasados.

*conteúdos da formação


(foto Psinove)



(foto Psinove)


Sábado, 28 de Junho de 2014

Estou no workshop de Dança Movimento Terapia. Amanhã a reportagem, hoje o feeling:


All You Need Is Love - Beatles

Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love

There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say
But you can learn how the play the game
It's easy

There's nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Nothing you can do
But you can learn how to be you in time
It's easy

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need



Sexta-feira, 27 de Junho de 2014

Em boa companhia uma da outra, fomos ao teatro com bilhetes ganhos num passatempo! Há que aproveitar as oportunidades que surgem low-cost ou no-cost-at-all! Um monólogo protagonizado pela actriz Mónica Garnel, que nos brindou com momentos brilhantes, de corpo e de interpretação, e que constituiu um autêntico desafio à minha atenção saltitante. Perdi-me no texto algumas vezes, mas é assim que reza o meu cérebro neste momento. Amén!



Quinta-feira, 26 de Junho de 2014

Para vos dizer que, um ano depois, estou em ensaios para entrar no espectáculo da Arte Move "Desassossego", já no próximo mês, a dançar! Se a vida não é um milagre, então é uma benção!



Não cheguei a fazer fisioterapia e interrompi a medicação para a neuropatia. Recuperei a mobilidade com exercícios de pilates e com a dança, porque acredito no que "vendo" aos outros. Falta o trabalho de ginásio, que iniciei e interrompi mas vou retomar. No meu tempo... Quem me viu a andar à pato ou à pinguim e quiser assistir a esta transformação, ainda em recuperação, nos dias 19 e 20 de Junho, em Cascais, no Parque Palmela. E tenho a acrescentar que é mais fácil dançar do que correr! Os meus joelhos ainda não gostam muito de correr, mas, a bem da verdade... nunca gostaram!!!

Quarta-feira, 25 de Junho de 2014

Desafio
O contrato estava assinado. 
Explore o enredo, usando no máximo 400 palavras. 

Era um dia como o de hoje… Cinzento, com raios de luz que timidamente nos tocavam, uma brisa fria que combinava com o nervoso miudinho que se impunha… e a tua expressão, indecifrável, cinzenta para não descortinar e fria para não aquecer os ânimos. Sempre disseste que o papel reduziria o sonho e que, amarrado, não conseguirias amar. Sempre te disse que o papel legitimaria o sonho e que nos permitiria voar. Juntos. Há dias cinzentos que nos permitem pensar e há dias cinzentos que nos param o pensamento. É assim uma terra do meio, onde impera o talvez. Talvez para sempre. Penso eu. Talvez nunca. Pensas tu. Também tenho esta estranha mania de achar que sei o que tu pensas ou, pior, de achar que pensas muito para além do que dizes, como eu, como se soubesses o que é esconder as palavras atrás das nuvens, à espera da tempestade.

Acordei cansada. Já sabia que não teria energia para te argumentar. A tempestade já fora, mas o sol ainda não chegara. Há dias assim, em que a mudança fica suspensa e o ar preso na inspiração. Falta uma assinatura. Falta um papel. E o sonho acabará para a vida poder continuar. O fim dos sonhos não é triste, é só um acordar, e aprendi contigo que se fecha os olhos para se poder amar. Fechei os olhos aos sinais, não queria ver nem saber demais.

Chegaste primeiro, esperavas sentado e recto no banco corrido. Se a tristeza é fria, estavas triste, mas ainda hoje não sei. De fato cinzento, sem cor nem dor. Nem amor. Cruzei-me contigo, mas deixámos a boa educação de parte – há alturas em que de nada serve, a não ser mentir. E o silêncio não sabe mentir.

Usaste a esferográfica que te ofereci, com o teu M (de maldição?), como que a dizer que vou contigo, ainda que não. A mesma do dia dos votos. A mesma para a separação. O contrato, um dia assinado, foi neste dia desfeito. Disseste que não havia outro jeito.

Sem contratos, a vida é simplificada ao ponto da experiência. Não me poderia apegar sem assinar. Ele não se poderia apegar assinando. Ainda hoje os dias cinzentos me obrigam a chorar o que as nuvens seguram. Parece que o mundo se cala para ouvir. E o silêncio não sabe mentir. 

(silêncio)

O contrato estava assinado, porra!


(chove lá fora… finalmente

sexta-feira, 27 de junho de 2014


Terça-feira, 24 de Junho de 2014


E no passado Domingo, ao final da tarde, arrastei a mami para um workshop de snacks e pequenos-almoços de macrobiótica, desafio lançado pela In And Young. Desde barras de cereais a bolinhas proteicas (de cacau), deliciámo-nos com as sugestões apresentadas e já temos mais algumas alternativas saudáveis para os momentos "gordos", que tão bem nos fazem à alma! Convívio, partilha e barriga cheia de mimos, em consciência, porque a macrobiótica é também consciência, individual e global. Obrigada à Sandra Mesquita e às meninas que frequentaram o workshop, por fazerem parte da minha curação!

 


domingo, 22 de junho de 2014






 (a primeira imagem é da Psinove e a segunda do google)


Hoje fui fazer este workshop, direccionado a psicólogos e outros profissionais de saúde, na Psinove. Será que os terapeutas também cuidam da sua mente? Na verdade, levantaram-se e debateram-se várias questões neste sentido e os participantes sentiram o efeito do mindfulness logo no primeiro exercício.

O mindfulness integra a essência da meditação com a funcionalidade de que necessitamos para podermos assumir um compromisso diário - ou a cada momento - com esta técnica. Dá-nos exercícios precisos e de fácil reprodução que tornam a ideia da meditação, remetida para a espiritualidade e tida por vezes como algo transcendental, acessível a qualquer pessoa. E por que não chamar de espírito a este mundo interior de que fugimos tantas vezes?

Todos os conceitos que o mindfulness introduz, como a aceitação, o não-julgamento, a ligação ao momento presente e o aumento da consciência, não são novidade e existem várias abordagens e técnicas neste momento que apontam para este caminho, como uma necessidade que se manifesta de uma forma transversal, no mundo de hoje. É de facto mais do que um conjunto de exercícios e conduz-nos mais para um estilo de vida.

Eu posso arriscar dizer que tirei um curso em mindfulness - sem lhe dar este nome e sem saber os exercícios específicos - com a experiência do cancro. Aprendi por necessidade e experiência a viver um dia de cada vez, um minuto de cada vez, a ligar-me aos sentidos (cores, sensações, cheiros e sabores), a aceitar a vida como ela se apresenta e principalmente a mim como eu estou e sou. Desenvolvi algumas estratégias para lidar com a dor, a ansiedade e o medo e todas elas passam pelo foco no aqui e agora (num sorriso, numa conversa, numa partilha, num som, numa imagem), na aceitação e no desapego (lidar com o medo requer muito disto!).

Curiosamente e porque as aprendizagens são mesmo assim, dinâmicas e em construção, é muito mais fácil obedecer a estes mandamentos (orientações que cada um leva para a sua vida como lhe fizer sentido e se lhe fizer sentido) quando estamos completamente deslumbrados com a vida e não temos grandes compromissos a que dar resposta para além de toda uma cura pela frente (na minha perspectiva, para o que interessa dizer aqui, corresponde a cura pode corresponder a qualquer processo de desenvolvimento pessoal, que não tem de passar por uma doença, como foi o meu caso). Passado o período da paixão, interessa agora trazer esses elementos para um dia-a-dia com trabalho, contas para pagar, desafios constantes, efeitos secundários da quimioterapia e do processo da doença...

Rapidamente a vida passa a correr, em vez de andar, a engolir, em vez de saborear. E é tão fácil deixar a aprendizagem para trás... Retirei as duas imagens seguintes do google, porque me revejo nelas (ainda em ponto pequeno porque ainda não trabalho muitas horas, mas já dá para prever...):





Mindfulness é acção e prevenção e, como tal, cabe aqui na minha curação. Toca a viver a vida tal e qual como ela se apresenta e agradecer todos os dias. Não somos os nossos pensamentos, não somos as nossas emoções, não somos sequer o corpo que habitamos ou os papéis que desempenhamos na vida. Uma atitude mindfulness ajuda-nos a desligar, a ficar offline e a interromper todo um bombardeamento de estímulos a que estamos habituados, para nos ligarmos à nossa verdadeira essência. E o que é isso? A respiração? Um pensamento que vagueia? Um vazio? Uma dor? Não é nada disso e é tudo isso. Na dúvida, é parar para ver, sentir e descobrir. E as respostas talvez não apareçam durante a meditação, mas talvez a vida não seja para perguntar ou responder mas para VIVER.

Obrigada Psinove pela inspiração. Porque inspiramos, expiramos e voltamos a inspirar...

sábado, 21 de junho de 2014


E hoje foi mais um dia de reflexão e aprendizagem... Vamos substituir o medo e a necessidade de afastar o sintoma a todo o custo pelo acolhimento do mesmo e o diálogo interno, de forma a entender a sua função, respeitando as respostas adaptativas do nosso cérebro que, em última análise, procura sempre a solução dos conflitos com que se depara. Mudança de paradigma nada rentável para as índústrias que nos vencem pelo medo: não podemos comer determinado alimento, senão... não podemos estar ao sol sem protector, senão... não podemos não tomar um determinado medicamento, senão... não podemos poder... Esta abordagem visa aproximar-nos de uma vida natural e responsável e promove uma atitude de observação e aceitação perante a doença que, acrescento eu, faz parte do caminho do indivíduo saudável. Pela integração e não segregação da experiência.


A minha leitura de hoje:


sexta-feira, 20 de junho de 2014


(imagem do google)

Ouvi este termo numa das palestras do Congresso da Sociedade Portuguesa de Psicossomática, sobre a utilização de psicotrópicos nos pacientes com cancro. A psiquiatra Dra. Guida da Ponte falou da utilização dos psicofármacos, tanto no tratamento de sintomatologia do foro psiquiátrico como no tratamento de sintomas associados ao cancro (insónia, perda de peso, dor neuropática, afrontamentos...).

Eu não fiz medicação nesta linha, nem ansiolíticos nem hipnóticos ou anti-depressivos (alguns por escolha minha, mas outros não tinha indicação para fazer dado o nível de toxicidade hepática e à infecção que eu já tinha no fígado). Já bastava a quimioterapia protocolada.

Mas estou aqui para falar do "chemo-brain" (chemotherapy-induced cognitive dysfunction or impairment), o cérebro da quimio.

Neste site, encontrei o conforto e a ressonância que não encontrei em mais ninguém, nem amigos, nem médicos, nem em mim. Está tudo explicado.

http://www.cancer.org/treatment/treatmentsandsideeffects/physicalsideeffects/chemotherapyeffects/chemo-brain

What is chemo brain?

Here are just a few examples of what patients call chemo brain:
  • Forgetting things that they usually have no trouble recalling (memory lapses) CHECKED
  • Trouble concentrating (they can’t focus on what they’re doing, have a short attention span, may “space out”) CHECKED
  • Trouble remembering details like names, dates, and sometimes larger events CHECKED
  • Trouble multi-tasking, like answering the phone while cooking, without losing track of one task (they are less able to do more than one thing at a time) CHECKED
  • Taking longer to finish things (disorganized, slower thinking and processing) CHECKED
  • Trouble remembering common words (unable to find the right words to finish a sentence) CHECKED
Deixem-me adivinhar... Não tiveram cancro, estão a ler isto e a pensar "Também eu!" Pois, é exactamente esse o drama! É a resposta que toda a gente me dá quando me queixo. Lapsos de memória, problemas de concentração, dificuldades em fazer várias coisas ao mesmo tempo, desorganização mental e pensamento mais lento... Toda a gente tem e é tudo normal. Mas não! Se não tiveram um cancro e não fizeram quimioterapia e acham que estão na mesma, vão dar uma volta ao bilhar grande! Ou ao médico! Na mesma estava eu antes, quando era despistada... Todos sabemos o que é isto, mas em quantidades diferentes e é essa a diferença entre a normalidade e a patologia.

Though the brain usually recovers over time, the sometimes vague yet distressing mental changes cancer patients notice are real, not imagined. They might last a short time, or they might go on for years. These changes can make people unable to go back to their school, work, or social activities, or make it so that it takes a lot of mental effort to do so. Chemo brain affects everyday life for many people.

Usually the changes that patients notice are very subtle, and others around them might not even notice any changes at all. Still, the people who are having problems are well aware of the differences in their thinking.

Bom, já sabemos que é comum e que a quimioterapia que fiz foi a mais agressiva, o que aumenta a probabilidade de que estes sintomas se mantenham no tempo. Neste artigo, também referem as causas desta sintomatologia durante o tratamento (para além dos fármacos da quimio e do próprio cancro):

- toma de esteróides (corticoides), anti-eméticos, anestésicos, analgésicos e outros fármacos para as dores (no meu caso, morfina). Acrescento aqui anti-depressivos e psicotrópicos para quem faz essa terapêutica. Cheguei a tomar anti-epilépticos para a neuropatia e um anti-fúngico para a infecção no fígado e no baço, que interrompi por opção minha. 

- valores baixos nas análises de sangue;

- alterações no sono;

- infecções;

- fadiga;

- alterações hormonais;

- outras doenças associadas, para o caso de quem tem diabetes, tensão alta, etc.;

- deficiências nutricionais;

- alterações emocionais associadas a todo o processo.

É certo que durante a quimioterapia os sintomas eram mais gritantes e óbvios. Lembro-me de querer lembrar-me de certas palavras e estas aparecerem noutra língua, em espanhol, em inglês... aparentemente de forma aleatória. E há muitas coisas de que já não me lembro. Acredito que os esquecimentos que fazem parte deste "síndrome"  também constituem um mecanismo de defesa. A memória é nossa amiga. Apaguei muita coisa do tempo do hibernamento. 

Já sabemos que este quadro é "normal" dentro do cenário. O que fazer e como lidar com esta nova realidade? Neste artigo, encontramos algumas dicas, que também vão ao encontro do que já tenho vindo a sentir necessidade de fazer. Estas dicas servem para todas as pessoas que sentem estas dificuldades, uma vez que estes sintomas estão associados a outras situações e patologias que não o cancro e a quimioterapia.

- Agenda - fundamental!!! Com todas as notas e mais algumas! Desde reuniões e compromissos a notas pessoais e funcionais. Mas até neste ponto ainda me estou a habituar porque estive um ano sem agenda e perdi o hábito... Continuo a achar que a cabeça dá conta do recado sozinha, mas... não dá!

- Exercitar o cérebro - aprender alguma coisa, como uma língua nova, fazer jogos de palavras... No meu caso, escrevo, leio, dou aulas e frequento formações. Mas as minhas dificuldades moram mais nas actividades do dia-a-dia, na parte funcional, embora tenha muitas conversas de trabalho que, se não escrevo, não ficam na minha memória mais do que um minuto. O sistema faz logo reset para ter espaço para a informação que vem a seguir. Incidentes com as chaves de casa no primeiro mês de casa nova foram 3! Já não estava habituada a ter o meu espaço e o controlo sobre o mesmo.

- Descansar e dormir o suficiente - bom, decorrente da falta de horário de trabalho regular e rotinas, juntando a "desorganização", esta parte é difícil de disciplinar, não por dificuldades em dormir mas por ausência de rotina e horas fixas para me deitar e levantar. Tenho de gerir o meu tempo e também já não estava habituada a isto. E como se vê pelo meu discurso, é tudo sobre HÁBITOS! E o cérebro é um animal de hábitos!

- Praticar exercício físico - Obrigatório!!! O homem não foi feito para estar sentado mas para ir à caça! A mexer, para não comprometer as funções fisiológicas, entre as quais as cognitivas.

- Alimentação saudável - Veggies! Também aqui o desafio é enorme. Instabilidade, sobe e desce glicémico, corrida aos doces... Alimentação equilibrada, cérebro equilibrado! No doubt about it!

- Estabelecer e cumprir rotinas, inclusive na localização dos objectos. Regras, regras, regras! Será que é agora que vou começar a ser uma mulher organizada?

- Fazer uma coisa de cada vez!!! Focar! Esta é inevitável porque dá asneira quando salto esta parte e quero fazer tudo ou mais do que um pouco de cada vez!

- Pedir ajuda, para diminuir as distrações e não sobrecarregar o sistema mental;

- Apontar tudo, as dificuldades, os acontecimentos e as situações que dão origem às mesmas, tornar consciente estas ligações para poder identificar os stressores e as necessidades em situações futuras. Nada como nos conhecermos bem para podermos agir a nosso favor, tirando inclusive partido das dificuldades;

- Aceitar. Tentar contrariar, insistir e entrar em parafuso com as situações que criamos por tentarmos agir como sempre fizemos e não conseguirmos dar conta dos mesmos recados, da mesma forma, só nos faz entrar numa espiral de loucura, na qual já estamos, convenhamos. Aceitar retira-nos a variável ansiedade, permite-nos respirar, sentir e finalmente pensar... Para percebermos que afinal não estamos assim tão mal!

Estas dicas são úteis para todos! 

Agora uma nota para as pessoas que amorosamente me dizem que estou melhor do que elas... Vão ao médico ou reavaliem as vossas vidas porque estes sintomas revelam que alguma coisa se passa. Por que anda toda a gente esquecida e com dificuldades em atender e processar informações diversas, deixando escapar coisas importantes? 

Porque, meus amigos, andam todos com uma vida de loucos! Não páram, fazem mil coisas e nunca estão no momento presente - ou estão no que aconteceu antes ou no que têm de fazer a seguir! Assim, é difícil! Estamos nos tempos da hiperactividade cerebral e do déficit de atenção generalizado! É mais fácil dizer que os putos são hiperactivos! E os pais? Quantas tarefas realizam diariamente, quanto tempo dedicam ao descanso e às actividades de lazer, quando efectivamente PARAM? Não é da idade! Só não há é milagres, a não ser o próprio milagre de ainda estarem vivos!

Olhem a sorte de não me lembrar do que fiz ontem nem do que tenho de fazer amanhã: só posso estar aqui e agora! É a vantagem adaptativa do chemo-brain! E agora é aprender a tirar partido disso...

Take care!


(imagem do google)
















quinta-feira, 19 de junho de 2014


Quarta-feira, 18 de Junho de 2014

O dinheiro é um bicho de 7 cabeças. Está tudo bem, gostam muito de nós, os nossos projetos são fantásticos, mas quando chega a hora dos números, o cenário entristece-se e o bicho acorda. E tem 7 cabeças! Qual é o meu preço? É um preço que é sempre muito para os outros. E vai ser sempre assim. Querem-nos baratinhos ou de borla. Trabalho não me falta. Falta-me valor. E o valor começa no patamar que estabelecemos para nós próprios e que, a posteriori, transmitimos aos outros, o que nos compram. E agora está na moda o barato, os saldos, as borlas... Patrocinador do meu projeto de vida procura-se! 


Terça-feira, 17 de Junho de 2014

http://www.modusquantum.com/terapia-quantica.html

No domingo fui a uma consulta de Medicina Quântica. Para quem não sabe do que se trata, este site que encontrei no google dá-nos uma explicação simples e esclarecedora.

Cada elemento do nosso organismo possui uma frequência electromagnética. A terapia quântica é a leitura da frequência electromagnética do nosso corpo.

Este sofisticado sistema de biofeedback permite medir a radioatividade eletrofisiológica, analisando e equilibrando os fatores de stress, mesmo antes de eles se manifestarem fisicamente no nosso corpo.

Como acontece nos eletroencefalogramas, nos eletrocardiogramas ou nos eletromiogramas, que utilizam o registo da corrente elétrica para proceder ao diagnóstico, a terapia quântica, acedendo às leis da moderna Física Quântica, usa a energia infinitesimal do ADN para manter o equilíbrio da "máquina" psicobiológica, detetando e corrigindo os desequilíbrios do corpo e devolvendo-lhe a sua ressonância natural.

Tenho, nesta altura do campeonato, uma ideia bastante clara do que espero das ciências da saúde e dos profissionais de saúde. Não gosto muito de máquinas e preciso que aquilo que um médico me diz me faça sentido dentro da minha experiência, dos meus conhecimentos e do meu posicionamento em relação ao que me acontece. Na teoria, esta abordagem parece-me fascinante e, na prática, a máquina identificou alterações ao nível do sistema linfático e do sangue, que revelam níveis alterados, que acredito - e o médico quântico também - serem níveis de toxicidade elevada. Tudo certo para quem teve um cancro no sistema linfático/no sangue. A consulta foi útil para me relembrar de que tenho de continuar a tratar-me e a cuidar-me. Monócitos e eosinófilos continuam aos gritos. Por outro lado, o cérebro não apresentou alterações significativas, o que me leva a acreditar que os meus problemas cognitivos ou as limitações que sinto ao nível da atenção e da memória são resultado de um sangue ainda "intoxicado" e não de problemas cerebrais, o que também só interessa saber por factores psicológicos: ainda estou boa da cabeça! Recusei a medicação, preferi ficar com a informação de que devo "limpar" o sistema linfático e o fígado, same old story, desde 1998, quando tive a mononucleose.

Quanto à consulta, não gostei. Gosto que me expliquem, que me oiçam, que me conheçam e que me "empoderem". Não gosto de chegar, ligar-me a uma máquina, ouvir, dizer amén e sair. Mas gosto de ouvir perspectivas diferentes, sempre como perspectiva, mas nunca como informações absolutas sobre mim.

Segunda-feira, 16 de Junho de 2014




Hoje foi a estreia de Portugal no Mundial. E, como sempre, há uma sensação de repetição e de dejá vu cada vez que a nossa selecção joga. E porquê? Porque a nossa selecção é uma selecção de pessoas que nos representa e que traduz, dentro de quatro linhas, o inconsciente colectivo de toda uma nação. É uma selecção de pessoas que nos representa. Quando se espalham ao comprido, como aconteceu, sucede-se uma catadupa de reações de portugueses irritados, revoltados e desiludidos porque não conseguimos libertar-nos do padrão do "quase", dos aflitos, da crise - que até chegou ao marcador! - da desgraça e da saudade dos bons tempos, que moram sempre no passado. Corremos atrás do prejuízo, procuramos responsáveis, pomos a culpa nos outros... O Pêpe foi um palhaço e os outros uns coxos. Agora nós. Será que aceitamos as partes de nós que nos desiludem, os nossos falhanços, os momentos em que perdemos o controlo da situação e as situações em que sentimos que não temos pernas para andar? Como lidamos com isso? Procuramos culpados, responsabilizamo-nos? 

A mim também me irrita. A mim também me irritou! Sempre que vejo o síndrome de ser português naquelas coxas torneadas, nas bolas ao poste, nas intolerâncias à frustração, no comportamento dos adeptos que gritam aos 4 ventos que acreditam mas que, no fundinho, estão a pensar: "É sempre a mesma coisa!"... também me irrito porque sou portuguesa e também luto para me libertar da herança que me calhou. Não vale a pena dizer que somos os maiores e vamos ganhar, se pensamos que o CR7 não joga nada com a camisola de Portugal (por que será?) e que estamos condenados a sofrer sempre até à última, porque não merecemos menos do que isso, no que às dores diz respeito. A mim também me irrita porque me revejo como portuguesa. Quando mudamos o chip? Será que temos de mudar o chip ou aceitá-lo e usá-lo a nosso favor?

Somos assim. Sofredores, mas conquistadores, batalhadores. A culpa é de um tal de Afonso Henriques. A menos que o ADN mude, é assim. Acreditem na vossa capacidade individual de ultrapassarem os vossos desafios. Os nossos rapazes têm um desafio que é NOSSO às costas, o de nos superarmos. Go go go! We go!


Sábado, 14 de Junho de 2014

O Verão está a chegar, por isso é melhor eu chegar também! E lá fui rumo ao Algarve, passar o fim de semana com a linfobabe Dani. Linfobabe ou regular-babe como a Rita - que se juntou a nós hoje - todas temos os nossos desafios e a vida testa-nos ao segundo, a menos que digamos à vida: stop! agora eu!

Como é que a vida de um doente com cancro pode servir de inspiração para outras pessoas que têm outras histórias e outras crises? Ter a vida por um fio não é só apanágio dos doentes oncológicos. Aliás, há muitas pessoas por aí que têm a vida mais pendurada do que qualquer uma de nós! Do que me apraz dizer, nós aprendemos que:

- a vida é AGORA;
- o amanhã não existe;
- o investimento que fazemos com vista ao futuro constitui apenas um acto de FÉ;

e que, ainda assim,

- tudo vale a pena se pudermos usufruir de quem somos de uma forma completa.

Não há amizade verdadeira sem o condão da transformação. Grata a estas duas babes que permitiram que me transformasse mais um bocadinho neste dia! E mergulhámos... no mar e em nós!




sexta-feira, 13 de junho de 2014


Já não me lembro do último ano em que tinha ido aos "Santos", festejar o Santo António em Lisboa! Marquei presença, por pouco tempo, mas deu para sentir a energia. Não tive direito a manjerico, o que me parece bastante mal e, como tal, chega de Santos e vou rumar ao Algarve para me estrear na praia... ;) Até ao meu regresso!

quinta-feira, 12 de junho de 2014


Hoje o post é dedicado aos visitantes, vulgo "visitas", a começar pelas visitas ao hospital, durante o meu tempo "hibernada" no IPO (6 meses, com interrupções), o tempo de gestação do meu renascimento - também a minha mãe teve pouco mais de 6 meses de gestação e vim eu, com toda a pressa, reclamar o direito à vida fora de "portas".

Tive fases diferentes durante o "hibernamento", mas as visitas constituem a verdadeira vida social do doente e também a ponte com o exterior. Há dias em que temos mais disponibilidade para o social e outros menos, porque a verdade é que, mesmo para "receber", é necessário ter alguma energia e... ver pessoas e conversar, por vezes, pode ser um tarefa esgotante! Quando estamos fisicamente debilitados, funcionamos na "reserva" e nem sempre esta chega para retribuir o carinho dos amigos e familiares, mas estes encontram sempre forma de se fazer notar (via telefone, sms e facebook). Outras vezes, são mesmo as demonstrações de afecto e estas visitas que nos enchem o depósito e nos deixam com mais energia para continuar o caminho.

Nem todas as pessoas da nossa vida conseguem visitar-nos. "Ah, é que eu não gosto de hospitais!" é uma justificação recorrente. Respeitando a experiência de cada um (mesmo que eu também tenha passado 3 semanas com as visitas canceladas, na fase em que estive pior, a lutar literalmente pela vida), ainda bem que nem toda a gente se nega a visitar as suas pessoas nos hospitais, porque o que justifica o investimento na vida é o amor e as ligações que mantemos por cá e, sem visitas, sem família, sem amigos e sem partilha, a motivação esvai-se. E com a motivação a esperança. E só há vida enquanto há esperança. De qualquer forma, há pessoas que estão tão presentes quanto as visitas e escolhem visitar-nos de outra forma e todas as manifestações, mesmo à distância, são importantes.

Por aqui, continuam as visitas, em modo de visualizações. Sei que o facebook é um veículo mais eficaz para chegar a mais pessoas, mas continuo a preferir este cantinho, onde só vem quem escolhe clicar e procurar o que vou partilhando. Que continue a chegar a quem mais precisa, se identifica e gosta de me ler.

Grata pelas visitas, que me obrigaram a ter uma agenda com marcação e escalonamento de horários, o que me deu algum trabalho em tempos de pasmaceira no hospital! Lágrimas, sorrisos, gargalhadas, abraços e esperança... Que a minha cura vos traga também um bocadinho de esperança para os vossos desafios. É o mínimo que vos devo!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Eis o desafio desta semana: 
Antes fugir do que remediar.
Explore esta ideia.
(máximo: 400 palavras)


Fugir é um verbo muito menosprezado. É muito mais corajoso ficar, encarar e agarrar o touro pelos cornos. Fugir é para os fracos, os que temem, os que metem o rabinho entre as pernas e desistem. Foge! Abaixo os fracos! Vou ficar aqui a bater com a cabeça na parede até gostares de mim, porque assim não há forma sequer de a inteligência se fazer aparecer e valer.

Pois fugir é muitas vezes a prova da maior das inteligências. Fugir do homem errado, do trabalho errado, do ursinho polar ou do touro e dos cornos. É, pois, estratégia!

Se é preciso remédio, alguma coisa não bate certo. Vou acrescentar mais isto, vou dizer-lhe mais aquilo, vou fazer mais aqueloutro e acresce toda uma lista de desculpas para ficar. Ficar. Ficar. Ficar até mais não, até não haver mais ninguém de ti para contar a história! Até seres engolido pelo papão! Alguém vai sair de barriga cheia e não és tu! Eu sei, é a adrenalina de sentir o perigo eminente, a perspectiva de saires mais forte e o delírio de eventualmente superares a tua fraqueza perante o bicho e a tua (pouca) força para segurar nos cornos. A verdade é que há efectivamente bichos perigosos, ossos duros de roer, lobos em pele de cordeiro e grandes furadas. Se não te preveniste, foge!

Antes fugir do que remediar ou remendar. Médicos e costureiros em causa própria, dediquem-se ao que sabem fazer e não inventem! Que grande xarope tu me saíste! Fosse tosse o meu mal e estava curada. Melhor fugir enquanto é tempo, mas melhor que fugir atempadamente, é FUGIR! Run forest run!

Fugir é respeito, quando encarar é soberania.

Fugir é humildade, quando remediar é inferioridade.

Fugir é força nas pernas-para-que-te-quero, quando o remédio é para os doentes.

Fugir é para os atletas, quando remediar é ginástica passiva.

E o burro morreu a pensar “fosse eu cavalo e isto seria tudo diferente!”

P.S. E a ti – agora só aqui entre nós – devo-te um pedido de desculpas! Não és medicamento para a insuficiência cardíaca. Fizeste bem em fugir, não fosse o bicho pegar! (Fraquinho…)

terça-feira, 10 de junho de 2014


 (imagem do google)

Este é o cantinho do mundo que me acolhe. Eu posso ir e voltar, posso sair à aventura, as coisas até podem correr mal, mas posso sempre recolher-me aqui, no país mais lindo do mundo. Foi de Portugal que saí em 2011, foi em Cabo Verde que adoeci, no final de 2012, e foi para Portugal que voltei para me tratar. E aqui estou. Para ficar enquanto sentir que é por aqui o caminho. Por um Portugal melhor, inclusivo e de superAção. Vá para onde vá, é sempre para este colo que quero voltar. 

Segunda-feira, 9 de Junho de 2014

Fez este fim-de-semana um ano que terminei a quimioterapia. Fui até celebrar no cabeleireiro, no dia 7 de Junho de 2014, sem saber que era o dia do "aniversário". Fui diagnosticada no dia 7 de Dezembro de 2012. Terminei a quimioterapia no dia 7 de Junho de 2013 (talvez tenha sido na véspera porque diz nesta partilha que os enjôos "já foram"). 7 foi o número da cama do IPO onde estive o primeiro mês, durante a primeira quimio. 7 era o meu número na escola. 7, na numerologia, é o meu número de vida. O meu telemóvel é 0711 (7 o meu número e 11 o dia em que nasci). 

Fiz 5 ciclos de quimioterapia (mais dois mini-ciclos), em 7 meses, porque dadas as complicações que tive e dado o nível de toxicidade do protocolo que me foi proposto, não me foi possível cumprir o calendário, embora os médicos me tivessem dito que, à partida, seriam 8 ciclos, em 10 meses, a terminar em Setembro de 2013. Saltei um ciclo por toxicidade (dormência nas pernas) e, ainda assim, os médicos queriam que eu cumprisse 7 ciclos, no mínimo. 7. Mas terminei por aqui. Por opção. É que afinal a proposta já não era apenas o protocolo quimioterápico mas o alo-transplante de medula na primeira remissão (esta opção costuma ser numa segunda remissão, quando há recidivas), dada a agressividade, raridade e estadiamento do linfoma que me assolapou: linfoma não-hodgkin grandes células B estadio IVB. 

Neste dia não houve ritual de despedida nem celebração do fim da quimio, porque era suposto voltar em Julho. Não voltei e não me arrependo, porque, ainda que venha a enfrentar alguma recidiva, este ano fora do hospital já ninguém mo tira e recidivas podem acontecer a qualquer pessoa que tenha tido um cancro. 


Palavras da minha médica: 



"9 meses de vida previstos na literatura" para doentes com o meu diagnóstico

"é verdade que existem riscos, complicações e morte no que se refere ao transplante, mas com a quimioterapia também e nós estamos a correr esse risco"  (O TRANSPLANTE fica para outro post)


Risco por risco resolvi não me riscar e arriscar-me a seguir o meu caminho (meu. o teu é o teu)




domingo, 8 de junho de 2014



Quando se vive sozinho, tem de se ter uma motivação extra para manter uma alimentação regular e saudável. É um auto-investimento. Social e culturalmente, a comida e as refeições têm um cunho relacional. Em última análise, se não tens companhia para almoçar ou jantar, é um momento em que te relacionas contigo e te cuidas. 

Hoje a minha ementa foi:

Salada de fruta (uma hora antes da refeição): cerejas, manga e laranja
Creme de lentilhas laranja (com abóbora, cenoura e courgette)
Estufado de legumes (cenoura e cogumelos) e lentilhas com bulgur
Limonada de morango (com lima e açúcar mascavado)
Gelado sabor banana/chocolate (bati uma banana congelada com 50ml de leite de arroz, uma colher de chá de cacau e um único morango congelado, que deixei aos pedaços. topping: uma noz e uma amêndoa e um fio de geleia de arroz)



Sábado, 7 de Junho de 2014

E hoje foi a minha segunda visita ao cabeleireiro com o cabelo novo!

Aqui está a primeira, no final de Outubro, quando o cabelo tinha 3 meses:

http://curacaoemconstrucao.blogspot.pt/2013/10/pelos-cabelos-1.html

E aqui está o ponto da situação há dois meses atrás:

http://curacaoemconstrucao.blogspot.pt/2014/04/pelos-cabelos-2.html

Hoje não queria tirar comprimento ao cabelo - estou muito apegada ao baby-hair - mas queria dar-lhe uma forma e fazer um corte que lhe tirasse o ar pós-quimio e me desse um ar fresco para o Verão. Embora me tenha custado ver as madeixas a cairem no chão - mais do que quando fiquei careca, porque nessa fase tinha outras dores com que me ocupar - queria fazer a mudança e tirar partido do cabelo que me calhou na rifa, diferente na cor, na textura e na forma. E tinha de ser com o Miguel Garcia!

O cabelo de 10 meses já estava bastante comprido mas a crescer para cima e para os lados. A mami ao meu lado de prata na cabeça!

Como se vê, era urgente fazer alguma coisa, mas não foi fácil deixar aquele cabelo todo no chão! Tanto que me custou a conquistar! Só o entrego nas mãos mágicas do Miguel Garcia, que sabe/sente bem o que isto representa!


Tem sido um companheiro nesta jornada! Não há obrigadas que cheguem nem gratidão é palavra suficiente para este abraço!


Voilá! Pronta para o Verão!






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