terça-feira, 29 de setembro de 2015



Que bom que haja cada vez mais pessoas alinhadas com o propósito de tornar o mundo melhor, com pessoas mais criativas/felizes, co-criando, co-pensando e coexistindo! Hoje, por ter dado aula com bossa nova de fundo, o meu aluno/cliente de pilates fez uma "viagem" gigante até aos seus tempos de faculdade e ao tempo em q viveu no Brasil. E é nisto que acredito, na experiência criativa-expressiva como passaporte para o contacto com a experiência pessoal, como potenciador de auto-conhecimento e como motor de interação entre culturas e coexistência de diversidade e unicidade na aldeia global. Todos conhecem a linguagem das emoções. Todos conhecem a linguagem não verbal. Nas coisas mais simples moram os segredos mais preciosos. Cada vez acho mais que a complexidade é uma manobra de diversão e abstração. Importa estar, ser e descobrir. O resto é ir.



Sei que coexistimos com pessoas que não são nada disto ou que não estão nesta frequência, mas a minha estratégia de eleição - não quer dizer que não seja opção - não é combativa: não quero combater inimigos, doenças, resistências, medos e contrariedades. O meu lema é aumentar o que quero em mim, para a minha vida e para o mundo: amigos, saúde, confiança, amor e oportunidades.


Se aumentarmos o coeficiente de coisas boas, as difíceis tornam-se menores; ou continuam grandes, mas não definem a vida; nem a vida, nem uma pessoa, um país, uma família, um relacionamento ou um sonho. O problema é quando não há espaço para coisas boas. O problema é quando não há espaço para sonhar.                                                       

quarta-feira, 23 de setembro de 2015


Já devem ter ouvido esta canção. É do Agir. Não confundir com o movimento da Joana Amaral Dias, que leva mais a sério do que eu esta coisa da Ação. Aliás, eu acho que o bebé da J.A.D. vai nascer com a língua de fora e com uma tattoo a dizer "amor de mãe, mulher e cidadã livre e responsável". Com iniciais, que um recém-nascido não tem pele para isto tudo... Mas é assim mesmo, os nossos genes trazem inscrições pré-históricas e depois levamos uma vida a descobrir o que é nosso, dos nossos pais, do ambiente, dos astros ou do destino.

Hoje acordei com um torcicolo. Alguém me "partiu o pescoço". Os torcicolos, para mim, estão relacionados com a resistência a olhar para o lado e ver outras perspetivas ou mudanças de direção. Hoje eu acho que este meu torcicolo me pede para olhar em frente, como um burro, para me focar numa direção e manter-me nela. Às vezes também é bom não olhar para o lado, não nos distrairmos com interferências que podem ser desde pessoas a acontecimentos, emoções e pensamentos que nos vêm desviar do caminho.

"Ela parte-me o pescoço. É impossível não olhar para trás." Hoje é-me impossível não olhar para a frente. Ainda bem que, segundo o povo, é para aí o caminho.




P.S. Quando este bloqueio passar, provavelmente, vou voltar a olhar para o lado e perceber que posso mudar de direção sem culpa, sem medo e sem me chatear com as interferências que me vêm mostrar novas possibilidades. Novos caminhos nos esperam quando nos abrimos a eles. Agora ainda não consigo saber quais são, mas venham eles!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015



A mesquinhice é a arte de dar importância a coisas relativamente relevantes, que naquele momento escolhemos ver como apocalípticas porque temos a visão limitada. 

Ser mesquinho é ter medo de perder: o dinheiro, o amor dos outros, o tempo, o autocarro, a razão, a vida, o sentido, o controlo, o poder, a cabeça; é não saber esperar para ver mais além; é estar muito triste; é invejar o mundo dos outros que não está a acabar (será que não está?); é ser pequeno e querer que o mundo caiba na palma da sua minúscula mão; é ser esquecido porque não importa lembrar o que se tem ou o que já se é (é ser-se ingrato, portanto). 

Ser mesquinho é querer ser perfeito e não perdoar um cêntimo no troco; é sentir-se imperfeito e chorar a imperfeição dos outros; reclamar da justiça divina e do árbitro do jogo, que é o mesmo.  




Quando estava internada, na fase mais complicada, recebi a visita de uma amiga que me disse: 

"Rita, olha para isto tudo como se fosse um filme!"

Não é uma competência fácil, a de nos distanciarmos de nós mesmos e do que estamos a viver. Também não é fácil ter uma visão abrangente quando estamos no aqui e agora. Se calhar nem é suposto. Acho mesmo que não é suposto. Mas a tendência para a mesquinhice advém do apego ao que sentimos que temos, porque o que temos nos dá uma segurança sem a qual não podemos viver. E é tudo ilusão. Conseguimos sobreviver à diferença, às mudanças e ao caos. Há vida depois da "morte". Se pode ser o inferno, também pode ser o paraíso! 

Para contrariar a mesquinhice, só a fé: acreditar sem garantias, confiar sem saber. Não nos queixemos de barriga cheia. 

Não discutas trocos, não compares a tua dor à dos outros, não te queixes da falta de tempo, não sejas impaciente, não julgues cada comportamento, não negligencies cada passo que dás, não subestimes a inteligência terrena, divina ou qualquer uma que esteja subjacente à vida. Não te esqueças. Sobretudo não tenhas a memória curta.

De repente, senti-me a Alexandra Solnado, a canalizar a mensagem de Jesus. Não, não baixou em mim nenhuma entidade superior (ou se calhar, estou mesmo possuída e não sei porque isto são tudo vozes que habitam a minha cabeça! Não se manifestem mais do que isto, seres do além-Terra, que eu não tenho saúde para essas aventuras...). 

É exactamente quando reconheço a mesquinhice, para comigo, para com os meus ou em mim que digo para mim mesma: "Não te esqueças!" E esqueço-me todos os dias de muita coisa, mas não do mais importante: está tudo certo!

Não há coisas urgentes a não ser mesmo viver, dizer a alguém que é importante para nós ou socorrer outro alguém de um enfarte (e mesmo assim, deixem lá o senhor que se calhar está só enfartado disto tudo!). Tudo se resolve. Tudo vai para onde tem de ir. Anda tudo com pressa não sei do quê. Eu às vezes também penso nos meus 35 anos e questiono o que ainda não vivi ou conquistei, mas depois pergunto-me "para quê? estou com pressa mesmo do quê?".

Acontece-nos aquilo que somos, à medida que vamos sendo exactamente o que podemos ser em determinado momento.  

Dou um passo atrás, dou um passo à frente, olho para o lado, dou uma volta inteira e dou por mim a dançar. Vá, tudo começa por respirar





sexta-feira, 18 de setembro de 2015


Hey, Jude, don't make it bad
Take a sad song and make it better
Remember to let her into your heart
Then you can start to make it better

Hey, Jude, don't be afraid
You were made to go out and get her
The minute you let her under your skin
Then you begin to make it better

And anytime you feel the pain
Hey, Jude, refrain
Don't carry the world upon your shoulders

For well you know that it's a fool
Who plays it cool
By making his world a little colder

Hey, Jude, don't let me down
You have found her, now go and get her
Remember to let her into your heart
Then you can start to make it better

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Estava a editar a fotografia que ilustra este post e começou a passar este clássico. De repente o post passou a ser a letra do Hey Jude dos Beatles, que eu nunca tinha ouvido de forma tão atenta. Porque não há forma de tornar este mundo melhor sem nos tornarmos pessoas melhores. 

Um coração quando se fecha mirra e amarga. Um coração quando se abre sabe. 
Um coração que se fecha está em retalhos. Em obras, em trabalhos. 
Um coração que se abre vive. O que se fecha sobrevive.
Um coração que se abre derruba os muros dos seus apuros. 
Um coração que se fecha não sabe porque se esconde de saber, 
mas um coração que se abre diz-lhe que espreite. Já passou. 
Ainda agora começou... 

Todos e cada um de nós tem um coração que, ao bater, fecha e abre. Às vezes é preciso fechar para curar. Às vezes é preciso abrir para amar. E é desta dialética que se faz a vida, de polaridade, opostos, complementaridade. Mas, sobretudo, vontade.

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quinta-feira, 17 de setembro de 2015



E ontem foi o aniversário do Miguel. É uma das minhas pessoas preferidas! Trocamos sempre sorrisos e abraços como códigos de pessoas felizes: uns dias mais alegres e uns dias mais tristes, mas encontrámos a fórmula para renovar diariamente a esperança. 

Já nos conhecemos de outras vidas, mas este é o caminho desde o primeiro ao último corte de cabelo da minha nova vida, o primeiro em Outubro de 2013 e o último em Maio de 2015. O cabelo aqui é só o mediador da nossa amizade...

Parabéns! É a minha gratidão. Foste tu que me escolheste primeiro, mas eu continuo a escolher-te para fazeres parte da minha vida. :)

quinta-feira, 10 de setembro de 2015


Se há 20 anos atrás me dissessem que 70% das conversas de café passariam por olhos postos num ecrã (palpite meramente decorrente de observação), ser-me-ia difícil alcançar a dimensão do fenómeno. Se há 20 anos atrás me dissessem que 70% de uma consulta médica passaria pelo próprio médico estar a olhar para um ecrã também não iria compreender (observação outra vez, que de resto é um método científico).

Ontem, num exercício que fiz com um grupo terapêutico, presenciei o impacto que pode ter um olhar. Condescendência, empatia, permissão, atracção, tristeza, medo, expectativa, desilusão, esperança, desconfiança, mágoa, agressão, superioridade, submissão, amizade, amor, frieza, desejo, confiança, compaixão...

Um olhar pára o tempo que ninguém quer parar. 

Um olhar pára o tempo que todos queremos agarrar. 

Um olhar é um momento que te pode abraçar.

... e embalar. Sossega. Não te vou abandonar.


(Foto: Marcos Semedo)


terça-feira, 8 de setembro de 2015

(este artigo não é científico, é apenas uma reflexão pessoal)

Acredito que o medo seja o grande mal da humanidade, o medo de perder o controlo, a ilusão do controlo. Os grandes desafios da vida vêm mostrar-nos que não controlamos tudo, para não dizer nada, mas a percepção de controlo é imprescindível para a saúde mental. Isto parece-me válido a vários níveis, do micro ao macro, incluindo o intrapessoal, o interpessoal e o internações. A par do medo, a projeção: vemos nos outros a sua parte que se identifica connosco, não gostamos nos outros do que não gostamos em nós e temos medo que os outros nos devolvam o pior que há em nós, que em última análise é o pior que há no ser humano.

Antes que me saltem para cima por poder estar a acusar alguém de ser igual ao seu maior inimigo, a verdade é que todos temos em nós emoções mais díficeis, sentimentos ditos negativos e impulsos destrutivos. (Podemos não entender um fundamentalista e concordamos que sentir é diferente de passar à ação, mas toda a gente sabe o que é sentir ódio ou defender alguma opinião com unhas e dentes.) Até certa medida, estes sentimentos em nós são adaptativos, constituem reações que preveem a sobrevivência, a seleção natural, mas antes demais a proteção.

Por último, a teoria do Darwin da seleção natural leva-nos à competição. Se ganha o mais forte, é bom que dominemos o outro, que exerçamos o nosso poder e controlemos o que se passa e o que não se passa mas pode vir a passar-se.

Neste pacote, em letras mais pequenas, podemos incluir a inveja, a raiva, a paranóia, a incompetência para o perdão, a incompetência para o amor, a agressividade latente em comportamentos pouco empáticos, a irritabilidade, a não aceitação da diferença (que pode não ser assim tão diferente), a impaciência, o isolamento, os muros e as fronteiras psicológicas (numa escala maior, os muros e as fronteiras que tantas vezes se materializam em conflitos armados, entre paredes ou entre países).

Podemos procurar a raíz de crenças e comportamentos que resultam nestes padrões e dizer que têm origem na sociedade patriarcal, mas talvez seja tempo de questionar e de pôr em causa esta verdade. Talvez a verdade não seja esta, talvez a receita para a sobrevivência não seja ser o mais forte e o melhor do grupo. Talvez a sobrevivência nos tempos em que vivemos hoje resida no oposto disto tudo, sem negar tudo isto em nós.

O medo e a competição estão a levar-nos à destruição, desde a destruição da auto-estima de crianças na escola que têm de ter as melhores notas e o melhor comportamento, à destruição de casamentos onde a liberdade do outro não é respeitada, à destruição de povos inteiros que são subjugados e posteriormente julgados e inferiorizados por quem teme a diferença e a mudança.

Acredito que quem me leia fique indignado com a minha indiferenciação porque meto-nos a todos dentro do mesmo saco e estou a comparar vivências pessoais a questões políticas. E o que tem uma coisa a ver com a outra? Haverá um Hitler em cada um de nós?

Hoje só quero dizer que por vezes me vejo sozinha com estas emoções mais complexas de digerir, que olho para o pior que há em mim, para o meu lado lunar, para o meu lado menos amoroso. Não gosto, tenho dificuldade em aceitá-lo e dificuldade muito maior em expressá-lo.

Não é justo promover o amor sem olhar para o medo e o ódio. Não é justo vender a nossa capacidade de colaboração sem olhar para a nossa necessidade de continuar a competir - porque os perigos espreitam (assumam estes a forma de doenças, acontecimentos, pesadelos ou pessoas). Não é justo olhar para a lua cheia (de luz) e não abraçar a lua vazia (de amor).  Por alguma razão, temos de olhar todos os dias, através das notícias e das redes sociais, para o pior de ser-se humano. Por alguma razão não posso negar a dor que existe no meu mundo e no nosso mundo. Por alguma razão, não posso dizer que na "nova era" só existe amor. Mas, por alguma razão maior, a lua escura é a NOVA, um recomeço, uma oportunidade para voltar a crescer e escolher o que queremos alimentar no novo mundo. Sou mais feliz quando abro fronteiras, quando sou capaz de abraçar e de amar, quando confio e entrego o que tenho e o que não tenho, quando substituo a competição pela capacidade de dar as mãos, unir forças e colaborar, porque a diferença tem de ser exactamente aquilo que nos falta. Nem sempre consigo, nem sempre vou conseguir, mas nos dias em que o medo impera, sei que o sol vai voltar a brilhar. E, pasme-se, o sol - quando nasce - é para todos! E esta é a melhor das democracias. Dixit.


quinta-feira, 3 de setembro de 2015



Esta semana morreu o Wayne Dyer. 75 anos, dezenas de livros publicados. Nunca li um livro dele, confesso, mas era um dos meus nomes de referência do tempo em que estive tanto tempo desocupada e preocupada - uma combinação perigosa - que passava noites na internet à procura de luzinhas no caminho que validassem a esperança. Foi diagnosticado com leucemia em 2011, tratou-se com uma cirurgia espiritual feita à distância pelo brasileiro João de Deus e morreu, segundo a família, de ataque cardíaco, durante a noite, mostrando a autópsia que não tinha vestígios de leucemia no seu corpo. Para a pessoa que foi e pela forma como encarava a vida - e consequentemente a morte - esta informação não é muito relevante porque ele teria sempre de morrer em paz. De qualquer forma, o que me inspira nesta história não é a forma como escolheu tratar-se mas o facto de ele acreditar no caminho que escolheu: ele sabia que estava curado. 

Hoje assisti ao seu filme "The Shift" e senti que ele podia estar ali ao meu lado. Eu tenho este paradoxo em relação à morte: sinto que as pessoas ficam mais perto e que posso falar com elas a toda a hora (impossível não ter a Nonô no pensamento desde ontem à noite, hoje que faz um mês que escolheu voar).

Nós não atraímos o que queremos, atraímos o que somos. Nós não somos o que temos nem o que fazemos. O mais importante não é o que fazemos mas encontrar um sentido naquilo que fazemos.. 

Normalmente retenho os ensinamentos que já experienciei e que estão só à espera de validação, uma validação que procuro para não me sentir sozinha no processo de crescimento. Assim como o Dr. Wayne Dyer descreve a mudança - o momento quântico - como o momento inesperado que nos traz um sentido para a vida, eu também senti que todo o processo da doença me fez descobrir que o meu propósito é o da curação: contribuir para a cura individual, comunitária ou global. Se isto é novo na minha vida? Não. Continuo a fazer o mesmo que fazia antes e algumas coisas diferentes, mas o propósito é o mesmo, por isso não interessa o que escolho fazer mas que sirva um propósito através do que faço. Deixei de julgar o meu curriculum e de o considerar uma manta de retalhos para sentir que manifesto o meu potencial e a minha intenção em tudo o que faço, mesmo que sejam atividades diferentes. Deixei de julgar tanto. Ainda estou no processo. 

Acabei de ver o filme e percebi. O Wayne Dyer já podia morrer: a sua "música" já toca em todos os corações dos que o ouvem. 


terça-feira, 1 de setembro de 2015


Acredito que não seja muito clara a dimensão da intenção e da missão que se cumpre nestes dois anos de vida. As ações formais têm sido em menor número do que as informais e é nestas que quero prender a minha atenção - e a vossa - hoje.

Qualquer ação ou gesto que contribua para o meu bem-estar ou o de alguém que me é querido ou que se cruza no meu caminho é cura em construção. E em rede. Este caminho que assumi como projeto é feito mais de cenas privadas do que públicas, não por pudor de me mostrar solidária porque já disse muitas vezes que não se trata de solidariedade mas de me cumprir - eu é que preciso disto! - mas porque a cura individual também é colectiva e vice-versa, pelo que não me sinto no direito de expor a cura dos outros mesmo quando faz parte da minha, a menos que me digam para o fazer. 

Este caminho é feito de amor, claro, mas deixem-me que vos diga: este caminho é feito de muito medo, uma permanente pergunta na consciência que acredito morar nas minhas células: Confias mesmo? A resposta é sempre a fé e o amor, mas até lá chegar ando muitas vezes "por aí"... E faço muitas vezes primeiro o que parece certo para só depois fazer o que sinto como certo. 

Este blog, nestes dois anos, ajudou-me a ser consistente em algumas coisas que quero manter como rituais de cura, das quais destaco duas:

Celebrar - a vida é para ser celebrada!
Agradecer - celebrar é ser-se grato pelo espacinho e o tempo que nos concederam na Terra

Mesmo quando não vos conto o que ando a fazer, as quedas que dou, as conquistas que faço ou dos pensamentos que me assaltam o espírito, pela positiva e pela negativa, acredito que mostrar-vos, em imagens, como estou, por si só, é partilhar a esperança. Tudo é passível de ser transformado. E, sim, podemos fazer magia se acreditarmos! A cura é como Deus: pode estar em todo o lado mas só a encontras dentro de ti. Depois entras em trabalho de parto... Vai doer mas... vai valer a pena! 




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