sexta-feira, 29 de novembro de 2013


Bom, esteja eu no relax ou na corrida contra o tempo - os dois cenários têm a minha cara - estes são dias de curAção vivencial. O lugar dos sentidos. Porque a vida faz sentido e os sentidos desenham-nos a vida. Embora hiper-agindo não tenha tempo de sentir em particular, sinto-me em missão de uma forma geral, a de curAgir, o neologismo que se refere a uma ação, interação ou intra-ação no sentido da cura. Menos bla's e saquetas por aqui e uma pitadinha de curAgem por ali!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Este ano celebrámos o meu aniversário e o da minha mãe de forma especial, com toda a alegria de quem festeja a vida e ainda nos termos uns aos outros, ainda que ou sobretudo pelas paredes que se desmoronam. Hoje é o dia do pai. Não há a festa em reunião familiar, porque estou longe, mas celebro a sua curAção também, que também faz parte da minha. 61 anos! Parabéns! E o caminho continua...


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Regressar ao local do crime – disse ela – é quase como fazer uma reconstituição do mesmo. O mesmo cenário, os mesmos intervenientes, eu no cerne da questão. Qual vai ser a resposta? Para já posso dizer que em termos de saúde a minha resposta imediata foi idêntica à da primeira vez: dores de garganta – tcheu – e constipação. Assim passei todo o ano anterior ao internamento e assim estou de novo. Alergia a esta terra. Agora revisito os locais, reescrevo a história e devolvo à terra e ao mar tudo o que daqui levei. Aqui pertence. 
Segunda-feira, 25 de Novembro de 2013


almoço no Kebra Cabana no dia 5, com António, Sílvia e Pedro, três amigos portugueses

 Dia 8 (noite)
Kebra Cabana, convívio com amigos

Espaço Kappa, com Alazaís e Tânia

No Kappa, com Tânia, André, Da Rosa e Alazaís

Dia 9

Pequeno-almoço no "Pão Quente", com ex-chefe, sociólogo e amigo Iacopo

Almoço na casa da amiga e ex-vizinha Lany Mandinga, com esta vista fantástica

Battle de Hip Hop All Styles, onde fui jurí (organização KDM) e onde o Benilson foi vencedor



Com a Sónia (ex-aluna), que me visitou uma vez no IPO

Dudu no grafitti

Reencontro com ex-KDM's, Hélio e Berty


Concerto Boy G Mendes, no Quintal da Música, com as meninas

Fomos ao Kappa, na Praia, e depois à Assomada, cidade no interior de Santiago, onde estava a decorrer o Festival de Sta.Catarina, mas ficámos pouco tempo porque estava friiiiiiio. Não vimos a actuação do artista do funaná Zé Espanhol! De regresso à Praia, ainda passámos pela disco Cockpit, mas não ficámos. 

Dia 10

Ester, filha da Stefania e do João

Reunião com Presidente da CMP, de camisola verde, nas instalações do Pilorinhu na AGF com vista a protocolo para reconhecimento e requalificação daquele espaço, onde Projecto Simenti e Korrenti Ativista continuam a intervir

Grupo de Percussão, onde estão alguns dos jovens com quem trabalhei no grupo de dança SP

Kevin, jovem artesão

Stefania apresenta mini-concerto de Hélio Batalha, no terraço do Pilorinhu

Assistindo ao concerto do cantor de hip hop, Hélio Batalha


lanche com alguns membros - actuais e antigos - KDM, companhia de danças urbanas


domingo, 24 de novembro de 2013

Esta secção é inspirada no projecto, mas em particular no livro Cancro com Humor da associação homónima. Vou utilizar alguns excertos dos textos da Marine Antunes como ponto de partida, porque entendo o seu "humor" como mediador criativo e re-criador da sua história e por isso, também, curAção.

Dos (muitos) Planos

Os quatro continuavam a olhar para mim. Percebi que o meu internamento era coisa séria mas não dei grande importância ao caso. A minha mãe, guerreira e lutadora, nunca iria permitir que algo me acontecesse e o meu pai, humano tão bondoso e generoso, sofreria por nós dois. As minhas irmãs, despachadas e divertidas, tratariam de transformar a minha doença numa grande festa e eu, feliz e com mau feitio, não admitiria que me matassem antes de publicar o meu primeiro livro. Estava, portanto, tudo organizado.

A importância de ter tudo organizado. Ter um plano, mesmo que não seja a um nível completamente consciente, condiciona a evolução dos nossos acontecimentos, de tal forma que pode abrir ou fechar possibilidades de acordo com a organização desse mesmo plano. Podemos falar de vários níveis de planos, do micro ao macro, do particular ao universal, e podemos até assumir – de acordo com as crenças de cada um - que já existe um plano para nós à partida e que isso não é incompatível com o facto de sermos condutores do nosso próprio destino nas escolhas que fazemos todos os dias – muito pelo contrário.

Seja um plano espiritual, de alma, um plano profissional, um plano familiar, um plano de vida ou apenas um conjunto de objectivos que queremos concretizar, se nos responsabilizarmos sempre pelos nossos planos, é mais fácil assumir o comando e conduzir-nos para onde efectivamente queremos ir, pelo menos em linhas gerais se não temos as particulares.

Mas é importante dar protagonismo ao plano e não aos eventos que se atravessam pelo caminho e que nos podem desviar do mesmo – não farão esses eventos parte do grande plano? Aceitar os eventos como parte do plano, que escolhemos consciente ou inconscientemente, e não como rasteiras que nos vêm condenar e estragar os planos, permite-nos ser livres na forma como vivemos esses mesmos eventos e traçamos novos planos. Um evento-destruidor de planos aprisiona-nos e não nos permite continuar o caminho. Um evento-planeado, mesmo que não o tenhamos encomendado – quem é que pede um cancro, a morte ou a dor no sapatinho? – é um evento integrado no plano maior (mais amplo) da vida dos seus protagonistas. E, se faz parte, está tudo certo. Sim, o papel principal é me-e-eu-e-eu-e-eu-eu e não o que me acontece. Por isso, integrAção. Plano integrado no plano. Não são as minhas células dissidentes e aparentemente descontroladas portadoras de uma informação extremamente valiosa para mim, ou sobre mim e o meu plano? “Estava, portanto, tudo organizado.”

P.S. Se o teu plano te prende e não te liberta, é um plano de m….! (É a minha opinião. Vale o que vale.)

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Dia 5

Com uma dos meus grupos do centro "Espaço Aberto", na bairro de Safende, onde eu estava a trabalhar antes de adoecer

Duas das crianças do grupo de "explicação" - de manhã estão com professora no centro e à tarde vão para a escola - e uma criança do jardim de infância do centro 

Com a equipa que estava presente, o Celestino, assistente social, a Leida da recepção e a Zeza, cozinheira

 Dia 6

Foi dia de ensaios e depois chill out no Kebra Cabana, mas esta internet não me deixa publicar mais fotografias hoje...

Dia 7


Visita à Associação Acarinhar, dos amigos e famílias de crianças com Paralisia Cerebral e ao centro de reabilitação, "Crescer Especial", aqui com a presidente do "Crescer Especial", Cariny Mascarenhas 

Crescer Especial. Estão a decorrer também as obras para as novas instalações da Acarinhar. Não vi os meninos porque estão em casa durante esta fase de obras

Com a Solange da Acarinhar, que está a assegurar os serviços administrativos mínimos durante as obras

Visita à Acrides, associação das crianças desfavorecidas


Com a Presidente da Acrides, Lourença Tavares e a Tia Dulce, que tem um jardim de infância e é voluntária nesta associação


Numa das paredes das instalações da Acrides

Visita à comunidade Achada Grande Frente, onde colaborava o projecto Simenti, aqui com dois dos mentores do projecto, a pedagoga Stefania Bortolotti e o sociólogo e líder da comunidade UV (João Monteiro)

O Projecto Simenti deixou de ter apoios e de ter uma sede e o UV, entretanto, criou a Korrenti di Ativizta. Os jovens do bairro reabilitaram este espaço abandonado, o Pelourinho, para centro de intervenção do Simenti e da Korrenti de Ativiztas.


Eu com alguns dos jovens com quem trabalhei, do grupo "Soldados da Paz"

Dentro do "Pilorinhu", com algumas das meninas da AGF, com a farda da escola


 Com o Ke, outro dos "meus" jovens

Ainda com os SP, dentro do Pilorinhu

O terraço do Pilorinhu

Dia 8

Dia de ensaios e de visita à praia



Hotel Praia-Mar, local de actuação dos KDM, Kriol Dance Movement, numa gala de apresentação de Micro-Finanças, onde afinal acabei por não dançar, por opção minha


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Post inspirado na peça "Feio" da companhia Palco 13, em exibição até ao final do mês de Novembro, no Auditório F. Lopes Graça/Parque Palmela, em Cascais. 

Hoje é dia de ir ao teatro em Cascais. E é o meu último post alusivo ao "Feio". Quatro actores não-feios, parodiando a beldade e a fealdade inerente ao facto de sermos de carne e osso e apreendermos o mundo também com os olhos, que transmitem uma determinada informação ao cérebro. E o cérebro precisa de ser desafiado, porque, sem contradição, não nos posicionamos. Sim, precisamos de coerência e estabilidade para adquirir competências e funcionar de uma forma adaptada, mas também precisamos de forças opostas que nos permitam estar em permanente transformação e evolução. E assim que me sento e começo a assistir à peça, ocorre-me logo "espera lá, mas este é que é O feio? Um feio que não é feio?" Pronto, não só sou obrigada a desconstruir a minha ideia de Feio, como sou obrigada a exercitar o cérebro para imaginar que estava à frente de uma pessoa muito feia.

Entretanto, o branco aparece como fundo reforçando ainda mais a ideia contraditória de uma sociedade com os valores pervertidos. O meu cérebro viajou, teletransportou-se para vários cenários sugeridos pela candura representada naquele espaço - sonho, céu, hospital psiquiátrico? Mas não seria afinal o inferno? E o exercício cerebral continuou ao ser levada a imaginar objectos e adereços que não estavam no espaço real, mas que fazem parte da história. Não sei se o teatro e as obras de arte devem conduzir-nos a grandes dissertações ou se devem apenas ser vivenciados, mas na medida em que o cérebro é estimulado e levado a realizar novas sinapses, essa ginástica mental que nos leva a des-construir, quando a vida real nos obriga a estar em permanente construção, já nos permite, ao mesmo tempo, pensar e des-pensar, sem ser necessário estar muito consciente do processo. 

Aquele desconforto criado pela oposição que nos obriga a rever o que temos estereotipado, desde o mais subtil ao mais óbvio, do mais consciente ao mais inconsciente, desarruma-nos um bocadinho a casa, ainda que estejamos perante um cenário de linhas limpas e direitas, minimalista, para que nada nos distraia do que ali se passa e, sobretudo, para que nos apercebamos do que se passa e não se vê. Clean. (Ou dirty?) Afinal de contas, neste mundo em que vivemos, o sub-texto tem todos os dias vida própria, muito mais do que os bla bla bla's que muitas vezes não passam de isso mesmo, bla's, whiskas saquetas.

Parabéns aos feios, que afinal são bonitos! Quatro actores, quatro elogios, embora os elogios sejam estendidos a todos os implicados. E... não fiquem em casa!

Alfredo Matos Fotografia


Quarta-feira, 20 de Novembro de 2013 (é o que dá ter a hora portuguesa no computador)

Em Cabo Verde, dia #6

Neste momento, estou tão cansada, tão cansada, tão cansada que só me ocorre dizer que é tão bom poder cansar-me! Hoje foi dia do corpo, por isso não dá para pensar e o melhor é mergulhar na cama! Não há cá teorias, reflexões, momentos pseudo-artístico-filosóficos... 

Olhinhos de ressaca do treino... Mas em que momento alucinado é que eu aceitei dançar num evento na 6ª feira?



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Terça-feira, 19 de Novembro de 2013 (depois da meia-noite)

Em Cabo Verde, dia #5

Descobri que há coisas que me vão incomodar sempre, desde sempre e para sempre. Não importa o lugar. Onde é que o incómodo mora? Aqui algures nas paredes do estômago ou nas áreas vizinhas. Devia subir e sair pelas guelas... Mas, no dia em que fui visitar um dos meus grupos de meninos e estes me receberam, uns de braços abertos, outros de braços abertos que se fecharam à minha volta e outros de olhos arregalados e imóveis, mas que depressa se transformaram em contadores das histórias do último ano que tantas coisas novas também lhes trouxe, tenho de privilegiar esta vivência, porque esta mora no coração. E ninguém fala comigo sem perguntar também pela "professora preta", a tia Cindy. Depois de trocadas as novidades e esclarecidas as coisas, entre as quais "pamodi bu corta cabelo??", levo para Portugal várias recordações destas... (E sim, fiquei com eles uma hora porque a professora imprevisivelmente - espero eu - faltou):



























Não fui eu que falei em CurAção, mas está lá e está cá! Uma menina, duas flores, dois corações, nóis, Cindy Baptista!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013


Dia 1
Recepção no aeroporto pelos amigos António e Stefania

Primeira visita à esplanada Kebra Kabana com a Ste

Dia 2


Pequeno-almoço com direito a sumo de papaia, um habitué em CV, aqui na casa da Ste e do João

Primeira visita à companhia de dança KDM, no local de ensaios, Instituto Francês. Alex, Vanessa, Eça, Rony e Beny

Visita às novas instalações da Academia de Dança Sol do Sahara, oficina de Dança-Teatro do Bruno/Djam

Passeio no Plateau com amigas italianas, Ste, Ester e Virgínia

Actuação KDM no Auditório Nacional. Rony e Beny na foto

No Kebra depois do show. Djam e Eça na foto

Dia 3

Animadores de Infância Arco Risos na Cruz di Papa, Achada de Santo António, onde revi também as amigas Natalie e Dulce e as animadoras Zu e Lenira. Lucas e Luís na foto


Eu vestida de palhaço porque estava frioooo. Aqui com o Lucas, meu ex-aluno

Visita ao estreado Praia Shopping que deixei em construção e que já está em funcionamento. Um luxo. Jantarinho na esplanada com a Ste.

Dia 4


Na praia de Kebra Kanela

Nos estúdios da companhia de dança Raiz di Pólon, mas publico fotos dos ensaios noutro dia porque hoje fico-me pelas crianças...

com Djamila e Djamilson, filhos do bailarino Nuno Barreto

Finalmente com o best friend Marquitos "Rogo" Semedo, no Kebra Kabana!


Ida ao novo cinema da Praia, no Shopping


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