domingo, 26 de novembro de 2017


Dá-me a tua mão, mostra-me como consegues
A tua força é a minha força, se ao menos soubesses
Não deixes que usem ou que abusem
Sou eu que grito, sou eu quem grita quando a voz te falta
Porque vamos juntas, nós e a lua que vai alta

(CurAção unpublished)



Também porque ontem foi o dia Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, hoje é um bom dia para celebrar aqui o ser-se mulher, com a partilha de algumas fotografias onde estou a dançar, pelo olhar da Instant Bulb, no espetáculo da Arte Move, que se realizou no último mês de Julho. 

A luta pela eliminação da violência é transversal a géneros, raças, fronteiras e espécies mas, enquanto os números forem tão gritantes e tantas continuarem a ser as mulheres a sofrerem de violência, sobretudo em relações íntimas que se querem de amor, é preciso gritar. E é preciso trazer os homens juntos neste grito. 



coreografia Ângela Eckart (estúdio coreográfico)
coreografia Débora Ávila (contemporâneo intermédio)

coreografia Débora Ávila (contemporâneo iniciado)



quarta-feira, 15 de novembro de 2017



Este ano entrei num mundo novo, o da aromaterapia, mais exatamente, o da doTerra. Várias razões me conduziram até esta decisão de iniciar este caminho:

- soluções naturais e duradouras para a minha saúde

Desde o cancro e o final dos tratamentos que a minha vida mudou. Nos últimos 5 anos antes do cancro, não fui uma única vez ao médico de família nem conhecia o hospital de Cascais; passados 5 anos do diagnóstico, não há um único mês - às vezes semana - em que eu não ande ou no centro de saúde ou no Hospital de Cascais ou no IPO. Ou seja, mesmo sem cancro, as coisas mudaram efetivamente e, para mim, não é solução a longo-prazo andar sempre a caminho de 'pensos rápidos', embora por vezes sejam necessários; é preciso pensar na saúde e no corpo de forma sustentável e sustentada. Por que não pensar em integrar óleos essenciais, com certificado de grau terapêutico, na minha rotina, progressivamente e ir atendendo às necessidades que vou identificando, tanto físicas como emocionais, consoante os sintomas que vão aparecendo? 

- despertar dos sentidos

Desde o início do blog que eu ando a vender a ideia de que a felicidade mora nos sentidos, uma coisa bastante óbvia para mim, na fase-borboleta (o primeiro ano depois dos internamentos). À medida que me vou afastando dessa experiência e com o stress diário, vou-me esquecendo de me ligar mais a esse essencial que constitui a estrutura que o nosso corpo possui e nos permite comunicar com o exterior: a dos sentidos. Por outro lado, senti que o olfacto era um dos sentidos que devia trabalhar, pelo meu historial de sinusite e até pela sua ligação à memória, uma das funções que vi mais afetada depois da quimioterapia. Estou a pôr fé no meu córtex olfativo! 😃

- a natureza

Porque não só estamos integrados nela como somos também essa própria Natureza, faz-me sentido que o meu corpo possa estar conectado com os princípios mais essenciais que vêm de outros seres vivos, neste caso, as plantas. Porque sinto que, como civilização, estamos a pagar o preço de muitos anos de desconexão e desrespeito na nossa relação com o meio-ambiente. Para resgatar o que fomos negligenciando, devemos moderar a presunção humana de que controlamos o meio em que vivemos (incluindo o nosso corpo) com dinheiro, tecnologia e produtos manipulados, assumindo assim a sabedoria maior que reside na natureza. Com isto não quero desvalorizar a era em que vivemos: a mim agrada-me muito poder ter acesso a uma pílula que me resolve uma infeção ou uma dor na hora, só não quero que isso ultrapasse tudo o resto; é bom termos químicos para resolver muitas situações, da saúde à higiene ou à agricultura, só não quero que ultrapasse tudo o resto; é bom termos tecnologia para tudo, até para as relações humanas - só não quero que ultrapasse tudo o resto! Porque é no meio que está a virtude, mas há muito que ultrapassámos este meio. 

- o comércio justo

Também nas relações humanas e comerciais, há muito ultrapassámos o meio, num meio onde ganham os interesses financeiros em detrimento das pessoas. Para isto mudar, há que escolher melhor e menos, mais qualidade e menos quantidade. Se uma empresa respeita os habitats naturais, os produtores locais e o consumidor final, tem o meu voto de confiança. Uma das razões que me fez escolher a doTerra foi este site: Source To You.

- a doTerra e não outra qualquer marca à venda nas ervanárias

Porque os óleos são 100% puros e podem ser ingeridos, tomados como suplementos alimentares, para além da aplicação tópica e aromática. Também são seguros na sua utilização com crianças. Estes dois factores fizeram-me ter mais confiança no produto. 

Porque me sinto acompanhada, dentro de uma equipa que partilha conhecimento, apoio e serviços, dentro deste mundo da doTerra. Ao mesmo tempo, ao inscrever-me, sou representante da marca e posso empreender de forma a potenciar a minha própria utilização dos óleos e acesso aos produtos doTerra (dá vontade de encomendar logo tudo!). Mais uma vez, sustentabilidade. 

- Aromatouch

Uso o difusor eléctrico praticamente todos os dias mas, para além disso, através da doTerra, adquiri mais uma ferramenta para pôr ao serviço do curAção e do caminho de cura de quem assim o sentir (comecei pelos meus pais). O Aromatouch é uma técnica de aplicação dos óleos essenciais doTerra, nas costas, na cabeça e nos pés, co uma sequência específica que visa a homeostase do organismo de quem recebe. Em cada corpo vai agir de forma específica. O Aromatouch constitui uma ferramenta que permite proporcionar bem estar, para além de facilitar mecanismos de cura do próprio organismo. 


Agradecimentos: Natacha Moura, Encanto de Gaia e Espaço Xilua (que está de parabéns porque completa hoje 7 anos!!! 💗)





quarta-feira, 1 de novembro de 2017



no caminho da descoberta dos meus... sentidos


No que diz respeito ao ser humano, se formos selecionar o seu movimento mais elementar, teremos de eleger a respiração. Mesmo quando estamos parados, o nosso corpo continua em movimento. Seja pela corrente sanguínea, pelo bombear do coração, passando pelos movimentos viscerais e o processo digestivo e terminando nos pensamentos, parar é efetivamente morrer. O problema começa quando não reconhecemos e validamos esse movimento que continuamos a fazer mesmo em descanso. Qual é o resultado disso? Viver na angústia permanente de uma sociedade que exige que sejamos ativos, produtivos, fazedores de tudo e de nada, sem direito a pausas. Parar de correr, de produzir, de trabalhar, de fazer coisas, não é morrer. A verdade é que o descanso continua a ser movimento, talvez o mais importante na reformulação do caminho. Porque as pausas continuam a gerar pensamentos, digestão, contração e expansão e... respirAção. 

Como professora do método Pilates, reparo que o maior problema da respiração reside na inspiração. Inspiramos muito mal e sopramos muito bem. Há pessoas cuja inspiração é quase inexistente. E como absorvemos coisas boas se não (nos) inspiramos? E se o segredo para muitos dos nossos males estiver na inspiração, física ou simbólica, mas muito física e real? Como aguentar expirando-nos constantemente?

Quando reflito na razão do nosso corpo para cortar a inspiração, penso em proteção. Há tantas coisas que "não nos cheiram", que é mais seguro bloquear a respiração e o olfacto, uma coisa, a outra ou as duas. É então preciso reaprender a respirar e a cheirar, num ambiente seguro, que dê lugar a coisas boas. Este é um assunto que invariavelmente me toca porque a sinusite e as alergias me acompanham desde que nasci, numas fases mais ativas do que noutras (Agosto e Setembro foram terríveis, Outubro foi calminho). O que será que às vezes "não me cheira"? Será que valido essa intuição? Será que bloqueio a porta de entrada do olfato? Do que será que a produção desenfreada de muco me procura proteger? Quais são os perigos? O que é demasiado e o que é insuficiente? Seja por insuficiência seja por hipersensibilidade, a respiração fica comprometida. E eu duvido que as outras funções vitais não fiquem também quando a respiração é deficiente. Um dia dedico-me a explorar os padrões respiratórios ligados a diversos tipos de pessoas, personalidades e patologias. Continuo a observar porque, apesar do astigmatismo, não me privo de ver - pelo menos, o que me interessa!😂😂


Sessão relaxamento nas Gaivotas da Torre, em Cascais, com a Arte Move e o projeto We Move


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