segunda-feira, 9 de março de 2015

Mulher


Às vezes para escrever devia desligar o pensamento. Sei que preciso das palavras para me fazer chegar até aí, mas às vezes queria ligar só o sentimento. Ou nem isso, porque o sentimento é sentir com mente. Queria só sentir. Ou nem isso. Queria só ir. Só ir sem julgamento. 

Está implícito que ser mulher não é fácil. Mais manifesto ou mais latente no discurso das mulheres com que me cruzo, há sempre um espírito de luta inerente. Seja pelos filhos, pelo companheiro, pela saúde, pelo dinheiro, pelo trabalho, pelo corpo, pela voz, pelo lugar ao sol, é preciso lutar, arregaçar as mangas e cozinhar uma vida. E não há vida de uma mulher sem fantasia, sem esperança, sem carência de um abraço que lhe permita parar de lutar por uns momentos. E só ir.

Está nas mãos de cada mulher dar a mão a outra para que ambas saibam que não estão sozinhas. Está nos braços de cada mulher o abraço que não chegou. Está no coração de cada mulher a entrega, não ao outro, mas a si mesma: ao seu direito de ser, de ir. 

E por cada mulher que deixe de ter de lutar, nascerá outra que só terá de ser.

Às vezes para viver devia desligar o pensamento. Sei que preciso das palavras para me fazer chegar até aí, mas às vezes queria ligar só o sentimento. Ou nem isso, porque o sentimento é sentir com mente. Queria só sentir. Ou nem isso. Queria só ir. Só ir sem julgamento. 

Obrigada Andreia pelo colo e pela verdade!
Obrigada Carol pelo abraço e por tudo o que não precisas de dizer!
Obrigada Girls Lean In Lisboa e Mezzanine Creative Restaurant! Foi um almoço 5*!
Obrigada mulheres, não pelo empreendedorismo, mas por darem as mãos!
Obrigada mãe pela vida!

Sem comentários:

Enviar um comentário

INSTAGRAM