terça-feira, 3 de março de 2015

Londres #1 - Free







28.02.2015


Às vezes é preciso o longe para chegar mais perto. Cá estou eu no puff do hostel, no Soho, em Londres! Assim, de Londres, olho para Portugal e vejo tudo mais claro. "You're free to do what you want to do", diz a música que toca nas colunas da sala, com a animação do Sábado-à-noite-de-quem-não-quis-ir-para-a-confusão-dos-pubs. Esta música era a preferida da Mónica, a minha primeira professora e referência no hip hop, que adoeceu com cancro também do foro hematológico, na altura em que me dava aulas, e morreu em Dezembro de 2001. Chorei essa noite toda sentada no sofá da sala dos meus pais. Estava muito longe de entender o que era na verdade o cancro; só entendia que ela se tinha ido e que me deixava muito triste perder pessoas importantes para mim. Chorei desalmadamente. Dançaram esta música no seu funeral, dançamos esta música num espetáculo em sua homenagem... Será que ela está aqui?






"You got to live your live and do what you want to do..." (Ultra Nate, Free)






Somos mesmo livres para fazer o que queremos em determinado contexto e em determinadas circunstâncias. Se não sabemos o queremos, quem somos ou para onde vamos, já são outras questões que nos enchem de desculpas para não fazer o que nos apraz e para nos sentirmos presos ao que nos obrigamos a fazer porque "a realidade assim o exige". Não fiquei imune a esta armadilha por ter visto a morte de perto! (Estou a dar largas ao drama porque eu não vi a senhora nem mais magra!)



Assim ao longe, vejo que chego às 40000 visualizações com um longo caminho percorrido, com o objetivo transversal de #serfeliz. Todas as ações em que me envolvo são um mergulho no processo de ser mais eu do que nunca, para o bem e para o mal. E é só isso que é o #curaçãoemconstrução... E tenho a sorte* de encontrar pessoas lindas no caminho.













*não é só sorte: faço questão de as escolher para a minha vida!

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