quarta-feira, 18 de março de 2015

Do amor


O post anterior era para se chamar "Das dores e dos amores" mas acabei por separar o tema em dois artigos diferentes, até porque foram inspirados em duas pessoas diferentes. 

O amor está na moda, mas está sobretudo na moda o amor próprio. Tenho de gostar de mim, se eu não gostar de mim, quem gostará, bla bla bla, whiskas saquetas. Se não estamos bem connosco próprios, não vamos estar bem com mais ninguém. A nossa felicidade não pode depender dos outros and so on...

Eu também já devo ter escrito tudo isto e assino por baixo. Eu sou aquela que diz "Contigo sou feliz. Sem ti também.", o que não quer dizer que não tenha morrido e renascido várias vezes de desgosto! Eu sou aquela que diz "Tristeza, podes vir porque eu sei que sou feliz!" mas também andei de careca pintada pela rua - dê-se um desconto!

Mas hoje vou exatamente para o lado contrário. Claro que é importante que gostem de nós e, principalmente, sermos importantes para alguém! Como alguém gosta de si se nunca sentiu que alguém realmente gostasse? Vale a pena lutar por mim se mais ninguém lutar comigo? Da mesma forma que vamos ganhando autonomia na vida, de bebé até à vida adulta, o amor só se torna próprio com o crescimento. Primeiro depende-se, depois autonomiza-se: interioriza-se, torna-se intracelular. Depois é um permanente jogo de dependência/independência. 

O amor começa dependente e só depois se torna próprio e andamos nesta dialética pela vida fora. Não há cura sem saber receber, depender, entregar. Não há cura sem o outro, muito embora só dependa de ti. (Agora parecia o meu amigo Gustavo! Respect!) 

No que realmente acredito é que o amor não está em lado nenhum e está em todo o lado. É um direito que assiste a vida, por si só. Nascer só pode ser um ato de amor e coragem e chora-se a plenos pulmões. Mas dá-me um abraço, já diz a música. 


Autoria: Eugeniu (CRID - Centro de Reabilitação e Integração de Deficientes)

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