domingo, 4 de janeiro de 2015

Mulher é Lua Cheia

 
É preciso não desistir. Não desistir da possibilidade, ainda que ínfima.
É preciso acreditar. Acreditar outra vez na possibilidade, ainda que longínqua.
É preciso saber. Saber dessa mesma possibilidade, ainda que remota.
 
Nascemos um dia menina. Renascemos mulher. Não se nasce de novo sem refazer o caminho. 1, 2, 3... devagarinho.
 
A pele que te protege do frio é a mesma que recebe o calor.
A mão que dá é a mesma que recebe.
O corpo que sente dor é o mesmo que sente prazer.
O corpo que sente dor é o mesmo que pede amor.
 
Como abrir depois de fechar? Como simplesmente recomeçar?
 
Não és metade de ti, és quarto crescente.
 
Não és meia, mas lua cheia.
 
 
(inspirado na partilha que se deu no lançamento do livro "O meu cancro morreu e eu renasci" da Sandra Matinhos - ver publicação seguinte. Obrigada Carla, Rosa, Sandra e Carla... E o senhor da Chiado Editora cujo nome desconheço. O primeiro passo é sempre ser. Os eclipses, esses, são transitórios.)
 

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