sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

7 mil milhões #2


Deus para mim é segurança. Há muitas coisas boas na vida mas também há muitas coisas más. Deus é a segurança de que estamos a viver isto tudo por alguma coisa, que há mais qualquer coisa para além disto. Beatriz, 15 anos.

Se somos humanos, todos choramos. Chorar é desabafar. Diogo, 9 anos

O sentido da vida é fazermos o que gostamos. Se fazemos o que gostamos, estamos a aproveitar a vida. E portanto esse é o sentido da vida. Afonso, 8 anos

Quando é uma asneira pequenina, da infância, às vezes faço... acho giro às vezes sair um bocadinho da linha. Diogo, 9 anos


Conduzidos por Marta Gonzaga, no passado Sábado, Henrique (16 anos), Beatriz (15), Diogo (9), Afonso (8) e Constança (10) refletiram sobre grandes temas e questões da humanidade, como o amor, a família, os sonhos, o sentido da vida, entre outros que estão contemplados na exposição 7 Mil Milhões de Outros. Transcrevi apenas algumas citações. Muito embora o que digam já tenha as marcas da sua educação - eles próprios dizem que são um bocadinho os seus pais e um bocadinho eles - é refrescante e até emocionante ouvir as novas gerações na sua simplicidade de levar a vida.
 
Consigo rever-me um bocadinho no seu discurso porque, depois de terminar os tratamentos, estive cerca de 6 meses (des)preocupada apenas com viver e usufruir da vida, um renascimento que me pôs em contato com o básico e essencial. Com a criança em mim. E, na essência, é tudo tão simples. Para mim, o sentido da vida é estamos bem connosco mesmos, a base para um mundo feliz. Assim como para mim é importante revisitar-me nesses tempos, porque entretanto a minha vida vai-se reconstruindo e complicando e vou facilmente perdendo a base (assim como muitos de nós com o crescimento, a educação e as responsabilidades), acho importante atendermos ao que nos ensinam as crianças e os jovens, que se encontram mais perto da início da vida e representam as gerações seguintes, as que já trazem nova informação no seu ADN para fazermos frente aos novos desafios.
 
Considero tão importante ouvirmos os novos como os velhos, uns porque são a geração nova, com novos inputs, e os outros porque representam a sabedoria de vida e constituem os professores desta mesma escola, a da vida. Não precisamos só de aproximar géneros, culturas e ideologias, mas também gerações. 
 
http://www.7billionothers.org/pt/lisboa

Que a curação possa chegar a tantas outras crianças para quem a vida tem um peso que não é suposto ter e que lhes rouba a infância.

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