sábado, 24 de janeiro de 2015

A miúda dos caracóis dourados


Quando ouvi o teu nome soube que, se mais nada por ti pudesse fazer, deveria sempre guardar para mim a memória daquela miúda da escola secundária, doce e meiga, de caracóis dourados, que escondia toda a sua determinação e coragem por trás do seu corpinho pequeno e do seu tímido sorriso. Aquela que vinha de longe todos os dias. Aquela que me dava a mão depois das aulas. Aquela que queria ser psicóloga e foi. Aquela que gostava de dançar e que se tornou dançarina. Aquela que sabia que ia conquistar tudo o que quisesse. Até a cura de uma doença que ela não escolheu mas que a escolheu a ela.
 
R.G., o meu primeiro namorado, quando soube do meu cancro, há poucos meses atrás 

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