Entrei no ano a abrir e começo a segunda quinzena com uma travagem brusca, com o que parece ser uma infeção urinária, mas que estou a tratar com chás e doses extra de vitamina C. Quando o corpo manda abrandar, ando mais pelo escritório de casa, principalmente porque está ao lado da casa de banho! E eis que encontro um saco com papelada que veio da casa onde vivia em Cabo Verde. Como eu vim primeiro para ser internada, as minhas coisas foram chegando, aos poucos, por intermédio de amigos. Hoje encontrei este desenho e pareceu-me bem que o tivesse encontrado no dia Internacional do Riso. Não está assinado e, a esta distância temporal, não tenho forma de saber que criança o fez. Apenas me relembrou das coisas simples, de cabelos que pode ser pétalas, de rostos que podem ser flor, de corações que podem ser folhas, de vidas que podem ser caules e sonhos que podem ser raíz. Fez-me So-Rir. Rir não é para ser remédio, é para ser feliz.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Poucas vezes piso o palco, mas 2017 começou logo com o desafio por parte da Arte Move e do Festival de Dança de Lisboa, organizado pelo Ginásio Clube Português, para dançar com a turma "de sempre", no Teatro da Trindade, no passado Domingo, dia 15/01. É sempre um privilégio! A Paula Careto comanda e nós damos o melhor, com mais engano ou menos engano, mas sempre com alma! Sou sempre a pirosa das fotografias, mas não me arrependo de ficar com registos que vou sempre recordar!
domingo, 8 de janeiro de 2017
Senti necessidade de um boost de novidade na primeira semana do ano, principalmente para olhar logo para uns quantos medos de frente! A minha saúde tem sido muito instável nos últimos dois anos e como tal, também o trabalho para recuperar a condição física não é regular. Há dificuldades que eu sei que são específicas e decorrentes da neuropatia causada pela toxicidade dos tratamentos que fiz em 2013. Não tenho nenhuma limitação física diagnosticada, mas sinto as diferenças, nomeadamente instabilidade nos pulsos, nos tornozelos (fiz inclusive uma rotura de ligamentos o ano passado) e nos joelhos e hipersensibilidade ao nível fascial que faz com que tenha mais dores ao contato do que antigamente. Noto, em comparação com as outras pessoas, que sinto dificuldades que todos sentem, mas tenho outras que são muito específicas.
Se pensar que, durante os tratamentos, cheguei a não conseguir segurar numa garrafa de água de 0,5L e que, passados três anos, uma frigideira ainda me parece um objeto pesado, sei que, apesar de estar ótima, para não sentir tanto a gravidade - quiçá o peso da vida -, é mesmo imperativo o reforço muscular e manter-me flexível. A vida pede força e uma frigideira pode dar sempre jeito para dar na cabeça de alguém que se meta comigo!
Pois, então, e que tal pôr-me em cima de um trapézio quando odeio tirar os pés do chão? Nada como aumentar logo a fasquia para não andar com mariquices, porque as mariquices são muito perigosas: apegamo-nos e depois é uma treta para conseguir livrar-nos delas! E foi assim! Fui fazer uma aula experimental no Jaya Aerial Lab. Já tinha experimentado uma aula Anti-Gravity - contei aqui - mas era tudo o que eu tinha de conhecimento de atividades aéreas. Odeio desportos radicais!
Hoje estou toda partida, mas fiz o teste da frigideira. Venha o 2017 que eu estou pronta! Quantos são?
#saudeecriatividade #empowerment #workhardplayhard
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
Queria tanto ser amor, todos dias amor... fulgor
Paixão de meia-noite, alegria de viver
Queria tanto ser tudo, cheia do mundo
Sorrir ao te ver, tão somente agradecer
Gratidão é amor a acontecer
Paixão que desvanece é coração que entristece
Queria tanto tudo o que não me acontece
Entre o amor e o ódio, a fronteira é frágil
Sai! Vai! Para perto... Não há destino mais incerto
Sai! Já não aguento tudo o que levo dentro
Queria tanto ser amor e só consigo ser raiva
Ninguém nos disse que ia ser assim,
que nos perderíamos por fim
Não quero lutar consecutivamente
Mas desiste tu primeiro… vai tu à frente…
Fotografias Instant Bulb
Espetáculo Arte Move, com direção artística de Paula Careto
sábado, 31 de dezembro de 2016
Gosto de fotografias porque são auxiliares de memória e porque me recordam das coisas BOAS. As noites sem dormir, a ansiedade, os medos, as lágrimas e as perdas não têm registo visual. Assim sendo, terminamos em bom! Que as melhores vivências estejam inscritas nas minhas células!
Podia ter escolhido outras fotografias, mas fui pela facilidade, uma vez que não estou em casa e não consigo aceder a todas as fotografias tiradas este ano. Aqui vai...
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Neste quadro, começamos em Torres Vedras, a brindar ao ano novo mas logo vamos para Lisboa, ao aniversário da Suse, ainda sob o espírito do Carnaval, relembrar que os heróis moram dentro de nós, como cantou, um dia, a Mariah: "There's a hero if you look inside your heart.". Em Março, temos uma fotografia da viagem a Salamanca, tanta vida condensada num fim-de-semana comprido! Saltamos Abril, o mês da maior conquista deste ano, a mudança de casa, a segunda na minha nova vida! Passamos para Lisboa, para o presente que a Joaninha me deu pelos meus 36 aninhos - inhos! Esta miúda espelha-me sempre coisas de que nos esquecemos tantas vezes, tais como: o poder da intenção, o potencial criativo e a completa estupidez que são as zangas de família, ao pé do que poderiam realmente representar os laços de sangue! Saltamos para o Estoril, no 60º aniversário da mãe Nobre. "Do Alentejo para o Mundo", diz lá atrás. Resume a sua história e a inspiração que me traz todos os dias a alegria que o seu sorriso transporta. Acabamos na vitória do EURO2016, a relembrar a importância do coletivo. Somos muito pequenos sozinhos e enormes quando reunimos as nossas forças! |
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Só pode ser bom presságio para 2017, mas foi uma conquista do 2016, um ano difícil que me ensinou que a vida é para simplificar e que importa saber recuar para avançar. Ou, pelo menos, abrandar. Talvez só daqui a vinte anos haja a hipótese de passar dos 3 dígitos para os 4, por isso celebro as 100 mil visualizações como uma forma de me despedir deste ano com um sentido de gratidão que tantas vezes se dilui no meio das dificuldades. Neste cantinho, nunca se perde. Sei de onde venho.
Ao pé do 2013, qualquer ano é lucro, mas este ano aprendi uma coisa sobre este caminho: depois de bater no fundo, existe o perigo de baixarmos a fasquia, a fasquia do que se merece, do que se exige, do que se sonha. É diferente valorizar as pequenas coisas ou desvalorizarmo-nos ao ponto de nos contentarmos com o que fica. Contentar é abdicar do que se merece. Não se trata só de voltar à vida, trata-se de voltar à vida que se quer, ainda que a paisagem tenha mudado. 2016 foi o ano de procurar o son(h)o. 2017 vai ser o ano de o encontrar.
Para 2017, vou. Obrigada!
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100 000 e 1, o número de todos os começos |
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
O almoço de Natal é tradicionalmente mais desmantelado porque há outras famílias para assistir. Por enquanto, tenho esta, na noite de 24 e no almoço de 25. À tarde, vamos dar uma volta. O ano passado foi assim. Este ano também, mas junto ao rio. Na manhã de 26, ainda me aventurei a ir de bicicleta comprar o bilhete do Expresso para regressar a casa, à minha casa. Há dois meses atrás, meti-me, pela primeira vez depois da doença, em cima de uma bicicleta mas ainda não me aventurava a ir para a estrada. Desta vez fui. E voltei! :)
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Publicaram hoje as fotografias oficiais do meu encontro com o Pai Natal, na página do facebook Viver Milfontes. Fica aqui o registo!