terça-feira, 29 de novembro de 2016

Pelos cabelos #8 e #9





Março 2016




Este ano ainda não tinha feito nenhuma reportagem #pelos cabelos. Em 2016, fiz duas visitas ao cabeleireiro, em Março e, agora, em Novembro. O cabelo cresce alegremente, com uma textura diferente e uma capacidade-de-se-emaranhar-em-nós impressionante! Voltei ao cabelo comprido. Para quem, como eu, ficou careca quando tinha o cabelo a meio das costas, já pode ficar com uma ideia de que são sensivelmente três anos a recuperar o cabelo comprido. Se não o cortarem nenhuma vez, talvez seja mais rápido, mas também não tiram partido das várias fases, de uma forma mais apresentável - se é que me faço entender! Se o vosso cabelo tiver mudado na sequência da quimioterapia, é todo um processo de habituação e adaptação a um novo cabelo! Que mais não seja, a verdade é que, se estamos diferentes, essa diferença vai passar também pelo exterior.

Desta vez, regresso ao cabeleireiro Miguel Garcia - agora Hair Solution - para refazer o corte, tirar as pontas estragadas pelo Verão e manter o comprimento. Podemos chamar-lhe um refresh, um update, mais do que uma mudança de visual. Na prática, trouxe-me um cabelo mais saudável, que sinto mais leve, mais solto, mais macio e sem nós - se o pentear mais vezes do que estava habituada com o cabelo antigo, que não criava nós. Acho que a massagem maravilhosa que a Fátima me fez na cabeça deve ter ajudado!

"Quero ser velhinho e cortar-te o cabelo, ok?", pergunta o Miguel. Como este blog me serve de arquivo para quando eu for velhinha o suficiente para escrever as minhas memórias, fica aqui o registo desta tua frase! Mais do que penteados, quero agradecer ao casal "mai lindo", Miguel e Fátima, o carinho, a amizade, a disponibilidade e a sensibilidade que os leva a entenderem a importância deste ritual que tenho com a minha mãe, pelo menos duas vezes por ano.

Para quem vai perder o seu cabelo nesta fase, saibam que a vida é impermanência. Vai passar, tudo passa. Pode não passar sempre pelo ideal, mas é aqui que se esconde a permanência: na construção, no trabalho que dá viver bem. 


Novembro 2016







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