sábado, 20 de maio de 2017

37


37 já cá cantam e dançam e rodopiam! Muita coisa se passou nas últimas semanas! O portátil avariou e por isso não tenho reportado sobre os últimos acontecimentos. Fui de férias, fiz uma viagem, sozinha, até às Canárias. Precisava de levantar vôo, de me distanciar e de voltar. Vi praia, montanhas, jardins, areias escuras, um sol maravilhoso, nuvens carregadas e um vulcão ativo/adormecido. Tentei dormir num aeroporto, por duas vezes. Se já recuperei das insónias que assombraram o meu 2016 de Janeiro a Dezembro, ainda não aprendi a dormir em qualquer lado. Não chego a tanto! Voltei para, no dia seguinte, ver, finalmente, findos os 9 meses, a carinha do bebé F.. O bebé F. é o filho da minha prima-irmã mais chegada e chegou para nos fazer derreter os corações, onde cabem todos os sonhos. É, com toda a certeza (e justiça!), num coração ou numa criança, o lugar dos sonhos. Depois ainda fiz anos, o papa veio cá e o Salvador ganhou a Eurovisão. Fiz a festa apenas em família, porque os tempos são de balanço, balanço para continuar o caminho. O papa Francisco veio recordar o amor, porque o amor está em todo o lado mas é preciso recordar, gravar na memória das gentes e tornar palpável, quase numerável. Foram muitas as pessoas que acorreram à esperança. Também eu, quando saí do último internamento, em vésperas do meu 33º aniversário, fui a Fátima acender uma vela. Importa a fé. A fé importa para quem se importa. E foi com sentido de missão, pela música, com boa música mas, sobretudo, bom coração, que o Salvador ganhou a Eurovisão. Porque só os bons corações se avariam. Porque são os corações que cuidam que precisam de mais cuidado. Cresci a acompanhar os festivais. 12 points! Várias vezes para os ouvidos mais moucos! Foi como se voltasse a todos os outros anos em que aguardava pelos pontos que não chegavam. Chegaram. Ficaram! E o que se faz quando o que tanto pedimos finalmente chega? A vida continua, um pouco diferente porque, posto tudo isto, somos criativos, conquistadores, sobreviventes, amados e loucos porque falamos sozinhos na rua. Talvez, devagarinho, possamos voltar a aprender. 


El Teide - Tenerife



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