sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Influenciadores


Das novas profissões que estão a emergir com a tecnologia e com a falta de alternativas no modelo atual, que empurra tanta gente para o desemprego, ouvimos muito a expressão influenciador(a) digital. Uma pessoa que tem presença digital, é seguida por milhares de pessoas e vai mostrando a sua forma inspiradora de viver, influencia os seus seguidores, torna-se numa referência em determinada área e dita tendências nessa mesma área. As marcas já perceberam isto e nós, às vezes, nem nos apercebemos da quantidade de informação que absorvemos enquanto navegamos pelas redes sociais! 

Eu acompanho alguns canais do youtube e algumas pessoas no facebook e no instagram, todas elas me influenciam de alguma maneira, principalmente porque, hoje em dia, também está "na moda" a promoção de um determinado estilo de vida que seja duradouro, consistente, saudável e bonito, o que é algo que também me serve, também me interessa. E é preciso. 

Bonito? Sim, há um lado necessariamente estético na vida e, naturalmente, na vida digital. Se a televisão vive da imagem, a internet também. Há um lado necessariamente estético na vida que acredito estar relacionado com a necessidade que temos de harmonia. E por que não harmonia, paz, passarinhos e relva verde-alface a gritar esperança? Não há nada de errado no bonito, a não ser quando entramos em comparações e nos achamos menos, a não ser quando achamos que não há feio nas vidas aparentemente bonitas, as quais também não deixam de o ser quando lhes descobrimos coisas feias, difíceis ou menos agradáveis. 

Por outro lado, temos o mundo da comunicação social cheio de coisas aterradoras, que acontecem todos os dias. A vida digital vive da sensação que roça o sensionalismo, seja para a desgraça seja para a perfeição. 

Continuo a acreditar que as pessoas que nos influenciam mais são as nossas, a do nosso círculo, mas a verdade é que o grande círculo alberga um mundo de gente, vidas, treinadores da felicidade, cozinheiros do amor mas, sobretudo, pessoas com os seus medos e inseguranças à procura do lugar seguro, que se quer bonito, bom e sustentável. Para si, para os outros, para o planeta. Gosto dos "influenciadores" que naturalmente só querem gritar ao mundo o que descobriram que é bom para si: posições sem imposições. 

Quando criei este blog, há quatro anos (já tinha tido outro em 2006), a minha ideia era fazer aquilo que agora é tão comum, criar um espaço de partilha que pudesse inspirar e desenvolver ações que extrapolassem o blog mas que servissem a missão ou intenção, utilizando as ferramentas que a minha formação e a minha experiência de vida me proporcionaram. Não o fiz da forma estruturada e consistente que o marketing digital exige, mas conforme fui sentindo. Das cura-ações, muitas ações ficaram apenas no plano das ideias, mas é incrível assistir à evolução da comunidade digital, em tão pouco tempo! É até uma avalanche um bocadinho esmagadora! Ou sinal de mudança.





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