sábado, 7 de setembro de 2013

AÇÃO: "Vale Tudo"


Há histórias e histórias com o mesmo nome. Todas diferentes. Todas. Diferentes.

Ressalva feita, venho falar do período pré-curação, no período de hibernamento de 6 meses em que a ação se limitava ao zapping... Pouca energia para falar ao telemóvel, ver um filme, ler um livro, escrever, ouvir música... Depois de um ano em Cabo Verde sem televisão, metade de 2013 só teve televisão. Todos os programas da "treta" são programas que se propõem "entreter" e há de facto situações em que o entretenimento tem um papel fundamental, principalmente na fase receptiva do processo (em oposição à fase activa em que me encontro agora). Todas as ações que vou publicando estão relacionadas com a fase activa, mas esta é possível porque lhe precedeu uma fase passiva/receptiva. Sim, por mais que todos gritem para sermos fortes e que a força esteja muitas vezes associada a determinados comportamentos mais pró-activos, devemos permitir-nos à receptividade e à passividade. Enquanto isso, o corpo está em trabalhos e agradece. E o trabalho das tropas da cura é mais que muito. 

O programa de entretenimento que me fez rir às gargalhadas sozinha em plena enfermaria, com os meus colegas de quarto já a dormir, foi o "Vale Tudo" da SIC e estes dois meninos da foto abaixo foram os principais responsáveis. E rir continua a ser um grande remédio. Acontece que não me rio com qualquer programa ou filme escolhido para rir. 

Graças ao H. e à A., no fim-de-semana que seguiu o meu último internamento, o primeiro em casa, mesmo na ressaca da quimio, fui aos estúdios da Valentim de Carvalho assistir ao último programa, devidamente disfarçada. E dizia a A.: "Vê lá se fazes ar de doente, senão ninguém acredita!" Só eu sei. E só eu sei, nesse dia, porque não fiquei em casa! 



12 de Maio de 2013

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