A vida é muito rápida. Vários dias ganhariam a medalha de ouro dos 100m e às vezes temos mesmo verdadeiras olimpíadas pela frente! Mas a vida às vezes também está mais para caracol porque já leva muito peso às costas. Arrasta-se e parece que nunca mais lá chega. Não sei se foi a vida que fugiu se fui eu que não acompanhei o passo. Não sei se fui eu que fugi e deixei a vida para trás. Pois é, o tempo é sempre o mesmo, mas a nossa percepção muda de tempos a tempos. É conforme. Na dor, tudo dura. Mas ainda assim, tudo passa. Quando dás por ti, já nem parece que foi ontem. "Estou pronta para outra!" Não, não estou. Ai isso é que não estou!
A realidade de um hospital não é real, é surreal, é para lá do real. De repente, mudámos de planeta, de plano, de vida. O sofrimento não é a vida real mas há meio mundo que age como se fosse. Não é. É para lá do real, é um teatro da verdade que faz de conta nas horas vagas, porque se cansa de esconde-esconde. E a vida esconde-se enquanto isso. Um dia acordamos, encontramo-la escondida, corremos para o coito e "1, 2, 3..."
Na sala de espera, fui paciente, impaciente e hoje pró-paciente, porque hoje fui apenas acompanhar a minha amiga às urgências e cumprimentar o pessoal que trabalha naquele lugar, cheio de actores e figurantes da dor e do amor, que ali andam de mãos dadas. Pois, ali só vale a pena entrar se se tiver uma mão para dar e outra para receber. Se não for o caso, é barrado à entrada, com direito a cancelas e tudo! E então lá fui de mão dada com a D., com a distância de quem já não faz parte daquele filme e com a proximidade de quem já fez.
Paciência é a ciência do doente. "Ai dói? Paciência!" E assim é enquanto se espera... Não sei se ganhei ou perdi em paciência, mas ganhei em ciência. E posso dizer que estou ciente disso e muito mais.
A realidade de um hospital não é real, é surreal, é para lá do real. De repente, mudámos de planeta, de plano, de vida. O sofrimento não é a vida real mas há meio mundo que age como se fosse. Não é. É para lá do real, é um teatro da verdade que faz de conta nas horas vagas, porque se cansa de esconde-esconde. E a vida esconde-se enquanto isso. Um dia acordamos, encontramo-la escondida, corremos para o coito e "1, 2, 3..."
Na sala de espera, fui paciente, impaciente e hoje pró-paciente, porque hoje fui apenas acompanhar a minha amiga às urgências e cumprimentar o pessoal que trabalha naquele lugar, cheio de actores e figurantes da dor e do amor, que ali andam de mãos dadas. Pois, ali só vale a pena entrar se se tiver uma mão para dar e outra para receber. Se não for o caso, é barrado à entrada, com direito a cancelas e tudo! E então lá fui de mão dada com a D., com a distância de quem já não faz parte daquele filme e com a proximidade de quem já fez.
Paciência é a ciência do doente. "Ai dói? Paciência!" E assim é enquanto se espera... Não sei se ganhei ou perdi em paciência, mas ganhei em ciência. E posso dizer que estou ciente disso e muito mais.
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