domingo, 10 de novembro de 2013

Sobre as coisas boas da vida


Nascer eu não foi nada fácil. Não foi. Aquilo foi para lá uma trapalhice que ainda andei um quarto de século e mais um bocadinho aos abanões. A vida deu-me a hipótese de recomeçar, nascer de novo e eu ainda pensei que me podia escapar aos abanos e abanicos, aqueles que dão piada à coisa, porque, já que era para recomeçar, a coisa agora teria de ser certa e direitinha: "eu sei, posso e mando" e isto agora vai ser canja porque a matéria já está toda mais que estudada e sabida. Tudo certo. Só que - pasme-se! - nasci EU outra vez, sem tirar nem pôr. E desta vez, Deus, não foste nada original. Sou toda uma cópia! Autenticada (já que é para ser, é a sério!), mas cópia!

Tive umas quantas saudades de mim este ano - ainda tenho um bocadinho -  e até tenho isso documentado, em letras e em ais e uis nalguns ouvidos amigos por aí, mas também não era preciso vir o pacote todo! A vida volta. E em força... Dás uns trambolhões, levantas-te, sacodes e continuas. Desenganem-se os enganados que acham que "ah, isto agora nunca mais vai ser o mesmo!" Pois não. Há-de ser melhor, contingências do destino (com o destino não me meto!). Mas é o mesmo!

Eu já devia ter desconfiado porque renasci com o não-cabelo da Sinead O'Connor, mas sem a voz dela e alguma coisa me dizia que não me iria livrar de mim tão cedo. "I'm not afraid... anymoooooore..." Pois, era bom era... pedir a vida de volta e não querer o pacote todo! Cópia fidedigna, que é para não haver reclamações! E feliz (para) sempre, para não fugir ao clichet!

"Who made heaven a place on earth?"



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