Entrei no último mês do desafio "Curação em Construção" e, inevitavelmente, é um mês de balanço. Como foi o primeiro ano depois do atropelamento, do hibernamento e do ressuscitamento?
Quando comecei este blog não estava a trabalhar e achei que um post por dia seria um desafio interessante para me manter ligada e não me esquecer por um dia o caminho que estava a percorrer. Durante este ano voltei a dançar, voltei ao pilates e parcialmente à psicologia e fui-me envolvendo em projetos alinhados com o propósito CurAção. Voltei a viver sozinha e a estar por minha conta.
Entretanto o tempo que parecia muito volta a parecer pouco e o desafio de um post por dia começa a ter dois bicos: sim, mantenho-me focada no caminho. mas mantenho-me apegada à experiência do cancro. A vida deve seguir em frente e, muito embora queira continuar profissionalmente a lidar com doentes crónicos, eventualmente oncológicos, e muito embora vá continuar a contar a minha história e até pensar na ideia de um livro, agrada-me a ideia de deixar ir esta fase do post-diário-que-me-prende-à-cura. Porque só libertando a cura deixo ir verdadeiramente a doença...
Muito trabalho de casa a fazer neste mês de Agosto... Balanço, projetos, reorganização, planos de ação... não no sentido da cura, mas no sentido da vida que existe em mim e que existe fora de mim, à minha espera. E mergulhos! Não há Agosto sem mergulhos!
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