E está a chegar ao fim o desafio a que me propus quando criei o blog, o de fazer um post diário durante 365 dias, uma forma de me manter focada no caminho da cura, depois de ter interrompido a medicação (alopática e homeopática) por opção minha. Acredito mesmo que temos o poder de reverter ou de transfomar as experiências menos boas pelas quais nos propomos, consciente ou inconscientemente, por escolhas e circunstâncias da vida, passar. O poder está mesmo nas mãos de cada um, o da responsabilidade, o das escolhas.
O meu objetivo pessoal para este ano era recuperar e manter-me com saúde, voltar à vida ativa de uma forma geral, tocando em todas as áreas (pessoal, social e profissional), envolvendo-me em projetos, ações e atividades que me fizessem sentido e me permitissem contribuir para a cura global (minha, vossa, de todos, no sentido mais lato). Não sou uma pessoa disciplinada por natureza e esta fidelização ajudou-me neste período onde médicos e amigos tiveram presenças mais distantes e pontuais. O confronto com as dificuldades de reabilitação, reinserção e readaptação fez-se de forma mais solitária, porque há coisas que ninguém pode fazer por nós e este espaço tem sido sem dúvida uma forma também de me manter "ligada".
Continuo a estar disponível para mediar ações no sentido da cura, principalmente nos que possa contribuir com a psicologia e as técnicas expressivas, utilizando a criatividade e as artes como instrumentos de comunicação (como o flashmob da Arte Move a favor da Associação Princesa Leonor), transformação pessoal e empowerment (como os vídeos e as fotos que fiz durante este ano, incluindo as fotos que tirei à linfobabe Dani), desconstrução/construção (como o projeto Boomerang e os textos para os espectáculos da Arte Move) e integração social.
Terminando este ano, inicia-se um próximo. Este espaço continua aberto, mas as publicações vão ser espontâneas, algumas mais criativas e outras mais téoricas e reflexivas. Vou continuar a questionar, a desarrumar, a abanar mas sempre com o intuito de mostrar que há sempre o outro lado da moeda. Continua o Boomerang com a Sara Stranovsky, o Põe e Diz-Põe com as vossas questões, ficou por terra a pesquisa sobre o medo (talvez noutra altura) e hão-de surgir outras ideias.
Com um novo ano, novos objetivos. E agora os objetivos já vão ser mais específicos e semelhantes ao de qualquer outra pessoa, porque interessa deixar a cura acontecer num segundo plano, não menos importante, mas subjacente à própria vida a acontecer. Agora interessa decidir o caminho e concretizar: vida profissional e financeira, vida afectiva, vida pessoal e social. O que quero para o novo ano?
Quero agradecer a todas as pessoas que colaboraram comigo este ano, mas para não me esquecer de ninguém, fica para outro post! Continuem por aí que eu continuo por aqui! Espero que gostem das fotografias que eu e o Marcos estamos a preparar!
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