Esta semana morreu o Wayne Dyer. 75 anos, dezenas de livros publicados. Nunca li um livro dele, confesso, mas era um dos meus nomes de referência do tempo em que estive tanto tempo desocupada e preocupada - uma combinação perigosa - que passava noites na internet à procura de luzinhas no caminho que validassem a esperança. Foi diagnosticado com leucemia em 2011, tratou-se com uma cirurgia espiritual feita à distância pelo brasileiro João de Deus e morreu, segundo a família, de ataque cardíaco, durante a noite, mostrando a autópsia que não tinha vestígios de leucemia no seu corpo. Para a pessoa que foi e pela forma como encarava a vida - e consequentemente a morte - esta informação não é muito relevante porque ele teria sempre de morrer em paz. De qualquer forma, o que me inspira nesta história não é a forma como escolheu tratar-se mas o facto de ele acreditar no caminho que escolheu: ele sabia que estava curado.
Hoje assisti ao seu filme "The Shift" e senti que ele podia estar ali ao meu lado. Eu tenho este paradoxo em relação à morte: sinto que as pessoas ficam mais perto e que posso falar com elas a toda a hora (impossível não ter a Nonô no pensamento desde ontem à noite, hoje que faz um mês que escolheu voar).
Nós não atraímos o que queremos, atraímos o que somos. Nós não somos o que temos nem o que fazemos. O mais importante não é o que fazemos mas encontrar um sentido naquilo que fazemos..
Normalmente retenho os ensinamentos que já experienciei e que estão só à espera de validação, uma validação que procuro para não me sentir sozinha no processo de crescimento. Assim como o Dr. Wayne Dyer descreve a mudança - o momento quântico - como o momento inesperado que nos traz um sentido para a vida, eu também senti que todo o processo da doença me fez descobrir que o meu propósito é o da curação: contribuir para a cura individual, comunitária ou global. Se isto é novo na minha vida? Não. Continuo a fazer o mesmo que fazia antes e algumas coisas diferentes, mas o propósito é o mesmo, por isso não interessa o que escolho fazer mas que sirva um propósito através do que faço. Deixei de julgar o meu curriculum e de o considerar uma manta de retalhos para sentir que manifesto o meu potencial e a minha intenção em tudo o que faço, mesmo que sejam atividades diferentes. Deixei de julgar tanto. Ainda estou no processo.
Acabei de ver o filme e percebi. O Wayne Dyer já podia morrer: a sua "música" já toca em todos os corações dos que o ouvem.
Adorei ler essas suas palavras. Eu li um unico livro do Wayne Dyer - Wishes Fulfilled. Fiquei impressionada c a força espiritual e intelectual daquele homem tao especial. Eu lhe desejo tudo do melhor no seu trajeto nessa vida em direçao à luz do nosso Pai. Namaste
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