Sexta-feira, 30 de Maio de 2014
Mais uma para o prejuízo da falta de juízo. Ultrapassei as 4 horas permitidas de estacionamento, na cidade universitária, ao lado da faculdade de farmácia. No meu tempo de estudante, ainda havia lugares de estacionamento gratuitos. Saudades do tempo em que a via era pública e em que éramos livres para circular. Agora tenho de sair de um congresso para ir pôr mais dois euros no parquímetro sob pena de pagar 96 eur. É mel!
Isto não é mobilidade!
O rapaz que pagou 96 eur antes de mim - atenção que as meninas tinham acabado de bloquear os carros não gastaram um tostão de gasolina para os desbloquear - ia para o Rock In Rio. 192 euros em dois minutos. "'Tá-se a rir?" "Só me posso rir!", respondeu-me ele.
Num campus universitário, não basta um envelope com a tarifa máxima diária, porque os estudantes estão cheios de guita. Bom, já tínhamos posto a tarifa máxima. Os estudantes têm de sair a meio das aulas para irem pôr mais moedas. "Quais são os critérios para a multa que aplicam?" "Não há critérios! Se for um fiscal, tem uma multa; se estivermos a passar ou nos destacarem para este local, é bloqueado."
Olhei para aquelas duas e pensei: "Obrigada por não ter este emprego, porque eu seria a pessoa mais infeliz do mundo se a minha vida fosse isto..." Mas infeliz ali só estava eu.
De quem é a rua afinal? Não devia ser dos munícipes?