Entro no comboio –
hoje é de comboio – e deixo tudo para trás. É uma ilusão. Trago tudo comigo,
dentro de mim, mas, como ficaram todos para trás, não vieram comigo, deixei-os
lá. Os problemas. Vim-me embora. Na viagem trago as questões, porque essas não
me largam. No regresso, espero trazer as respostas, lá do sítio para onde vou.
Enquanto se parte e não se chega, mora-se em sítio nenhum, com as perguntas no
ar e as respostas por encontrar.
(vista do comboio da CP)
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