Quinta-feira, 20 de Março de 2014
Felicidade é ser feliz e deixar para trás o que não nos
serve ou o que nós não servimos, o que dá no mesmo. O problema da felicidade –
o problema está em nós porque a felicidade é feliz – é que as coisas mudam, a
vida é impermanência e temos de estar sempre a acompanhar o ritmo, na crista da
onda ou no agora que se impõe… Se a vida continua e nós ficamos para trás,
deixamos a felicidade fugir. Eu sou feliz porque escolhi sê-lo, mas às vezes
ainda fico à espera. À espera do quê? À espera do que me faria feliz ontem. Ser
feliz é ser hoje o que mereço, escolho e ajo. Às vezes ainda caio no que é
suposto, porque tenho princípios, valores e sou portuguesa – ainda espero o D.
Sebastião* – mas a vida diz-me todos os dias que a felicidade não está no
regresso do rei, nem nos princípios: a felicidade não tem princípio, meio e
fim; a felicidade não tem hierarquias; a felicidade não espera nem desespera.
Posso ser feliz desesperada? Posso. Porque ser feliz admite todos os estados,
mas impermanentes. Posso ser feliz desesperada se escolher não permanecer no
desespero. E é assim a felicidade. Sentir, ser e estar no famoso e tão na moda “agora”.
Eu, para ser feliz, só preciso da
verdade. E primeiro de tudo, descobri-la. Assumi-la. Vou ali ser feliz e já
venho.
P.S. O D. Sebastião representa todas as expectativas que
pomos no exterior e que permitimos que condicionem as escolhas que fazemos
diariamente. Representa a não aceitação - quando queremos que as coisas não
sejam o que simplesmente são.
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