Tem um sorriso de menina que ficou congelado dos tempos em que lhe roubaram a meninez para a atirarem para a vida adulta sem pré-aviso. Tem os nervos tão rijos como frágeis, porque é de força e sensibilidade de que são feitas as melhores pessoas. Tem a gargalhada mais contagiante, sem medo de existir, e os olhos mais assustados quando não sabe por onde e como ir. Mas ela vai. Quando amua, ninguém a demove, quando não gosta, também não finge, mas se a conquistam - pode demorar um segundo ou uma vida - dá tudo: o que tem, o que não tem... Nunca a vais ouvir dizer que não tem porque tem sempre. Mas não a lixes porque aí, sim, não há nada para ninguém! Nunca vai perder o ar de menina, aos 10 ou aos 59 - que completa hoje - porque é a sua criança a fonte da sua alegria. É por isso que quando vê uma criança se ilumina, porque se reconhece. Ela sabe das injustiças. Ela sabe das tristezas. Ela sabe do brincar. Ela sabe do rir. Ela sabe do chorar. Foi do seu colo que renasci há 2 anos porque a sua maior virtude é a do serviço, a do amor que às vezes custa a verbalizar, a da entrega ao que se propõe, a do arregaçar as mangas e pôr a mão na massa, a do ficar quando escolhe um lugar... Sem parar. Isso ela não sabe o que é. Deem-lhe festa que ela gosta é de paródia! Vamos dar-lhe festa! Deem-lhe colo que é a sua vez de o receber. Vamos dar-lhe colo! Abraço-te. Obrigada <3
terça-feira, 23 de junho de 2015
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