Não, não estou grávida! Escolhi a palavra inglesa porque é a mesma para quem tem expectativas e para quem espera um bebé. Na verdade, estamos sempre um bocadinho grávidos quando criamos expectativas e esperamos alguma coisa de alguém e estes partos nem sempre correm pelo melhor. Em português o trocadilho não funciona. No máximo, uma grávida está de esperanças e pomos as nossas esperanças em algo ou alguém quando falamos em expectativas. Em português, é este o paralelo possível. De qualquer forma, é tão complicado um pai projetar todos os seus sonhos num filho, tomando-o como um prolongamento de si próprio e comprometendo a sua individualidade, como qualquer um de nós depositar expectativas nos outros como se estes fossem suposto ser um prolongamento de nós próprios, comprometendo a sua liberdade.
As expectativas remetem-me para a nossa capacidade de prever, pré-visualizar uma determinada impressão; para o desejo, para a capacidade de sonhar, de projetar; para ver mais além, imaginar, pensar, esperar; para o caminho e a viagem; para a ansiedade e o entusiasmo; para o medo e para a alegria, para o medo e o amor. Porquê medo? Porque só o medo nos pode fazer querer que as coisas sejam como queremos (ou conhecemos), fechando as possibilidades. Porquê amor? Porque o amor faz-nos desejar e continuar a imaginar outras possibilidades. É adrenalina que nos percorre. É a vida a palpitar.
Outra expressão interessante é a que fala de expectativas realistas, são umas que nos remetem para terreno seguro, pés no chão. Às vezes pecamos por pessimismo e outras por excesso de optimismo.
Há coisas que nunca chegam e continuas à espera; faltam-te asas para voar. Mas, enquanto esperaste, sonhaste. Voaste.
Há coisas que nunca chegam e continuas à espera; faltam-te asas para voar. Mas, enquanto esperaste, sonhaste. Voaste.
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