quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

2015 - 400 publicações


Chegou 2015. Este ano voltei a passar a meia-noite com os meus pais, como em 2012/2013 (fotografia do post anterior), desta feita não no IPO, mas no quentinho do lar. São eles os meus maiores companheiros neste caminho. A travessia do cancro e da curação tem constituído uma oportunidade para reparar tantas questões antigas, fazendo-as parecer uma gota no oceano quando os laços de sangue se traduzem em amor e vida, cicatrizando feridas e neutralizando guerras. Eu sou o resultado do melhor dos dois, Nobre da mãe e Luz do pai. Eu sou o resultado do pior dos dois mas não são defeitos, são feitios. Não faz sentido a minha curação sem contribuir para a deles. Se quero a cura do mundo, começo por mim e pelos meus. E aquilo que não estiver ao meu alcance, a Deus pertence. Ou a eles pertence.

Nunca vos contei que não somos 3, somos 4. E a minha mana, que escolheu ser sempre uma estrelinha no céu a guiar-nos no caminho, sabe que está tudo certo, no lugar certo e à hora certa. O meu primeiro desejo para 2015 é que continues a fazer equipa connosco para sabermos fazer as escolhas certas, as que nos permitam ser a melhor a versão de nós mesmos e cuidarmos uns dos outros da melhor forma.

Quis a providência divina que o primeiro post de 2015 fosse a 400ª publicação deste blog. Só pode dar início a uma fase especial.

Não me toca este ano desejar saúde, amor, dinheiro, trabalho, viagens, sexo, amizade e felicidade porque seria pedir tudo e não pedir nada. Em que se traduzem estes tópicos para mim? O que significam e que forma podem tomar?

Sáude, que é o mais importante. Sem saúde não se faz nada. Com saúde vem tudo o resto.

Oiço isto a torto e a direito. E é o que toda a gente me deseja e eu agradeço. Mas... não foi um dos meus desejos quando comi as passas. E porquê? Porque a minha vida não se resume a ter cancro ou não ter cancro. Quero saber o que quero na minha vida, estar bem comigo mesma, confiar no meu corpo e na sua inteligência, ter no meu corpo um amigo e não um inimigo, cumprir a minha missão de ser eu e concretizar o meu potencial, sendo criativa e ativa e não repetitiva e reativa. Acredito que este tem sido o protocolo que tenho procurado seguir, com altos e baixos, mas que me tem mantido afastada do cancro. Claro que quero ter saúde porque mereço ser saudável e ter uma vida boa e abundante. E, sim, escolhi deixar de estar internada no hospital e não continuar os tratamentos convencionais a determinada altura porque quis a saúde e não a doença. Mas não peço saúde, porque para mim a saúde não é aleatória. Peço, sim, tudo o que acredito que para mim e para as minhas células se traduz num estado saudável.

Da mesma forma, este ano escolho descriminar os meus desejos como objetivos para o próximo ano. Que projetos quero realizar, que pessoas faço questão que se mantenham na minha vida, que outras quero que apareçam, que lugares quero visitar, qual o valor do meu trabalho e quanto quero receber por ele, que sonhos quero concretizar, que vou fazer para cuidar do meu corpo e estar na melhor forma, qual a Rita que quero que se manifeste, de que forma vou cumprir a minha curação em 2015? Não vou responder a todas estas questões aqui, em público. Vou partilhando algumas destas respostas à medida que me fizer sentido, mas o queria deixar bem claro é que, para mim:

- a saúde não é um objetivo mas os objetivos é que me vão permitir alcançar a saúde e reconduzir-me para um estado saudável. Sem razões para viver, de que vale ser saudável? É saudável andar por aí sem doenças mas sem razões para viver?

- o amor não é um objetivo por si só mas dar o melhor de mim e não me focar no medo e no ressentimento poderá trazer cada vez mais amor e pessoas "amorosas" à minha vida. E se quero refazer a minha vida afectiva, tenho de decidir que pessoa quero ter ao meu lado e se estou receptiva e preparada para que isso aconteça em pleno;

- o dinheiro não cai do céu. de que formas quero obter rendimentos? Que valor dou ao meu trabalho? Quanto mereço receber? O que vou fazer para isso? Para que quero o dinheiro?

e por aí fora...

Não peças saúde, amor e dinheiro porque alguém disse que essa era a receita da felicidade. O universo é ilimitado. Há saúde, amor e dinheiro para todos, mas nem todos os alcançam. Há responsabilidade, consciência e escolhas concretas que nos permitem ou não chegar lá. Que descubras as tuas é o que desejo para ti!
 
Feliz 2015!
 
Adoro a estrelinha lá em cima... Estrelinha guia e protetora que toma conta de nós.

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