Os sonhos permitem-nos voar. O amor sonhar. A dança voar, aterrar e voar outra vez. Os sonhos permitem-nos sonhar tudo de novo como se não houvesse travessias impossíveis. Porque não há.
Ano de 2013. 33 anos. Em Dezembro de 2012, estava na cidade da Praia, em Cabo Verde, a trabalhar como psicóloga no centro comunitário Espaço Aberto, quando adoeci. Do dia para a noite, Lisboa, Cascais, IPO. Cancro. Linfoma não-hodgkin. Estadio IVB. Quimioterapia. Muitas complicações. Decisões. Oportunidade. Hora de pôr em prática toda a escola académica na escola da vida. Em remissão, sem finalizar protocolo quimioterápico e tendo recusado transplante de medula, propus-me fazer 365 publicações neste espaço, uma por dia, considerando este o ano da cura em construção. Nada é garantido. Está tudo a acontecer. Ano de 2017. 37 anos. 4 anos percorridos. Um caminho atribulado e ainda muitos sonhos por cumprir. O cancro ficou para trás, outros desafios se apresentam e a busca por equilíbrio é contínua. A vida pede-me fidelidade em troca de liberdade. Bem-vindo/a ao meu cantinho!
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