(este texto remonta a 2015 e estava nos rascunhos)
O trabalho é bom para a saúde mental. Sempre disse isto, mas a verdade é que, quando me sinto a enlouquecer, há algumas coisas que me ajudam a voltar à base:
1. O trabalho e as "obrigações" (que palavra feia para as rotinas que nos organizam os dias);
2. Estar no momento presente, disponível para receber o que esse momento tem para oferecer;
3. Fazer alguma coisa de que se goste e despertar os sentidos;
4. Manter o foco no que se tem e não no que não se tem;*
5. As alíneas anteriores podem resumir-se a ocupar o tempo, a cabeça e o corpo, mas, na verdade, encher o tempo e a cabeça não é reparador, se não for com coisas que nos pre-encham e nos encham as medidas;
6. Recorrer aos amigos para uma "palavra amiga", alguém "de fora" que nos ajude a pôr as coisas em perspetiva;
7. Manter o foco no material, em coisas terrenas, no sentido pragmático: ajuda-nos a "aterrar";
8. Observar as emoções como se de um filme se tratasse. Elas vêm e vão. Mas é preciso dar-lhes lugar antes de partirem.
9. "Está tudo bem." no repeat...
Fotografia For Brain durante formação em Intervenção Snoezelen |
*Atualização 2017:
Uma ressalva: querermos coisas que não temos é legítimo, mas é mais produtivo manter o foco no que se quer conquistar do que manter o foco no que não se conquistou. Parece igual mas não é. Parece semântica, mas a perspetiva positiva leva-nos a honrar as conquistas que fizemos e a respeitar o processo. Os timings e as experiências todas que vamos vivenciando estão a preparar o terreno para coisas melhores. Ou apenas outras coisas. E talvez até sejam essas tais coisas.
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