Mulher é tela colorida, esbatida ou
garrida
Dá-lhe vento para voar e chuva para dançar
Não há medo que a derrube quando a coragem
lhe chega
Sabe da força de subsistir, sabe da força
de parir, criar, sonhar…
Mulher sabe do tempo que passou e vai
passar
Mulher sabe do que há-de vir, ainda por
definir
Às vezes sem certeza da sua beleza
Lá vai ela ser toda, quando ser metade é
tristeza
Mulher, vem daí embalar, embarcar
Na
aventura de sentir com tudo o que há para dar
Mulher é
gente que embala o mundo
Por tanto
saber que a vida é maior que a sua existência
Por tanto
saber que sabedoria é amar sem prudência
Incondicional,
animal
Ser mulher
é instinto que o corpo reconhece
É nutrir
de sonhos o corpo que aquece
De corpo inteiro, esvoaçante
De alma cheia, deslumbrante
A braços com o mundo, num suspiro profundo
Ele viajante, ela espírito dançante
Quando ele passa por ela, errante
Descobre rimas controversas
As mais belas notas dispersas
A braços com o mundo, no suspiro mais
profundo.
Mais um ano, mais um espectáculo Arte Move com alguns textos CurAção e mais uma oportunidade para dançar! O mote era SER. E, mais que do ser, ser mulher! Foram estas as três mulheres em que me desdobrei este ano, em coreografias de Ângela Eckart e Débora Ávila, mulheres muito criativas e focadas, que me inspiraram a ir com tudo, este ano com noites mais bem dormidas e mais energia do que o ano passado. E um cabelo muito mais difícil de domar em palco!
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